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Oposição apreensiva com valor da dívida da Câmara de Torres Novas

Dívida da autarquia ultrapassa os 37 milhões de euros
A oposição está apreensiva com a dívida da Câmara de Torres Novas que ascende a 37 milhões de euros e com a menor independência financeira da autarquia que se situa nos 42,59 por cento, quando a percentagem mínima de autonomia financeira é de 50 por cento. As contas foram aprovadas pela maioria socialista, com dois votos contra dos vereadores do PSD e da CDU.O vereador Vítor Antunes (PSD) critica a entrada do município na empresa intermunicipal Águas do Ribatejo uma vez que, diz, as receitas próprias vão diminuir “ainda mais” levando a independência do município a descer para os 40 por cento. “Esta situação será preocupante no futuro. Estamos a prescindir de uma verba que actualmente representa cinco por cento das receitas totais e 11,6 por cento das receitas próprias. É importante voltar a frisar esta situação porque se alienou este activo em função de um conjunto de contrapartidas”, referiu o autarca do PSD.Relativamente às contas de 2011, a oposição realça a dívida de curto prazo como a que mais subiu em relação a 2010, cerca de 18,6 por cento. A dívida às juntas de freguesia aumentou 51, 6 por cento; a dívida aos centros culturais e recreativos subiu 40,3 por cento; e a dívida aos bombeiros torrejanos teve um aumento de 29,9 por cento, embora neste caso a autarquia garanta que já chegou a acordo para pagamento. Vítor Antunes sublinha, pela positiva, a redução de despesa corrente que diminuiu 2,9 por cento. A dívida a curto prazo passou de 15.018 milhões de euros para 17.809 milhões enquanto a dívida a longo prazo reduziu de 21.355 milhões em 2010 para 19.229 milhões em 2011.A vereadora da CDU, Filipa Rodrigues, critica a prestação de contas da autarquia por esta apresentar “todos os anos”, um orçamento “demasiado ambicioso ao ponto de o tornar irrealista”. A vereadora comunista dá o exemplo de que dos 67.283 milhões de euros previstos para a Receita Total apenas foram encaixados 29.546 milhões, o que se traduz num grau de execução de cerca de 44 por cento.O vice-presidente da Câmara de Torres Novas, Pedro Ferreira (PS), referiu que 2011 foi um ano muito especial que reflecte a grave crise económica que Portugal atravessa e que o município torrejano não é excepção. O autarca assume que não conseguiram diminuir dívida a curto prazo mas que apostaram em investimentos nas áreas da Educação (5.7 milhões de euros), Transportes e Estradas (4.138 milhões de euros) e Habitação (3 milhões de euros).Pedro Ferreira explicou que a Câmara de Torres Novas está à espera que surja financiamento do Estado para reduzir a dívida do município. O presidente da câmara, António Rodrigues, justifica a diminuição de independência financeira com a redução das transferências do Estado para as autarquias.

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