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Festas verdadeiramente populares e festas artificialmente populares

A verdade vem sempre ao de cima como o azeite, costumava dizer a minha avó. Lembrei-me desta frase a propósito do anúncio feito por algumas câmaras da não realização das suas tradicionais festas de Primavera e Verão. Concordo que as câmaras municipais ajudem as organizações de cidadãos que organizam festejos populares associados a tradições mas sou contra a organização das mesmas pelos municípios. As festas populares são festas que acontecem por genuína vontade do povo. Depois há as festas artificialmente populares. Estas últimas são criadas por autarquias, acabam algumas vezes por ter grande impacto devido à contratação de artistas de bom nível que geralmente passam poucas vezes pela província ou estão no pico da fama. Algumas vezes acabam por ser relacionadas com tradições que algum investigador foi descobrir num qualquer canto de uma biblioteca mas na maior parte dos casos assinalam apenas a elevação da terra a cidade ou celebram um santo padroeiro. Numa altura em que o dinheiro é escasso há festas que desaparecem do calendário de festas da região. Há outras que resistem mesmo com menos meios. No primeiro caso a situação é geralmente aceite sem grandes protestos. No segundo caso a festa faz-se “de costas ou de barriga” porque as pessoas se chegam à frente e impõem a sua realização. Essas são as verdadeiras festas populares. Não emanam do povo como dizem alguns políticos. São do povo.Francisco Maçarico

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