O vereador socialista Luís Ferreira pediu ao presidente da Câmara de Tomar, Carlos Carrão (PSD), para que pondere pedir assistência ao Governo para equilibrar as contas do município, à semelhança do que já fizeram autarquias como Chamusca, Alcanena e Alpiarça. O assunto veio à baila quando se discutia a informação financeira do município que tem uma dívida global, a 31 de Março, de 38,3 milhões de euros. “Já ultrapassámos todos os indicadores pelo que a câmara está em condições de pedir ajuda financeira”, disse Luís Ferreira sublinhando que no último trimestre o prazo médio de pagamentos a fornecedores era de 201 dias, ou seja, superior a seis meses. O presidente da Câmara de Tomar respondeu que “não sabe o dia de amanhã” mas que, neste momento, não está previsto qualquer procedimento para avançar para o saneamento financeiro. “Estamos assim devido a duas situações em concreto: a dívida de 6,5 milhões à Parq T e aos dois milhões à ADSE. São dívidas elevadas mas não levam ao saneamento”, justificou o autarca aos elementos do executivo. O vereador dos independentes, Pedro Marques, lembrou os processos judiciais que estão a decorrer na sequência do Polis e que podem vir a agravar estes números, considerando que a questão deve ser clarificada em sede de reunião de executivo.