Alverca é um dormitório de Lisboa e pouco mais
João Cruz, eleito na assembleia de freguesia, diz que presidente da Junta de Alverca não sabe ouvir a população e que é demasiado orgulhoso e autoritário
O eleito da Coligação Novo Rumo na Assembleia de Freguesia de Alverca, João Cruz, lamenta que a cidade “pouco tenha evoluído” em 30 anos e se tenha afirmado apenas como um dormitório de Lisboa.
O problema da cidade de Alverca, concelho de Vila Franca de Xira, é ter um presidente de junta “demasiado orgulhoso e autoritário” que não aceita as críticas que lhe fazem. A opinião é de João Cruz, 57 anos, militante do PSD eleito na assembleia de freguesia pela Coligação Novo Rumo. João Cruz diz que Afonso Costa (PS) não sabe ouvir os cidadãos e não foi capaz de transformar a cidade para melhor, deixando-a ser, cada vez mais, um dormitório de Lisboa. “As acessibilidades, por exemplo, são as mesmas que eram há 40 anos e em alguns casos até pior. Veja-se os passeios. Os operadores do gás e da televisão abrem buracos e depois fica tudo mal arranjado. Os empreiteiros andam radiantes nesta cidade, fazem o que querem porque a junta não vê nada”, critica. João Cruz é um dos opositores à construção do novo centro de estágios do Futebol Clube de Alverca. “Defendo um estacionamento naquele local para quem vai para a estação da CP e não um centro de estágios. Terem autorizado aquilo foi um erro. O que mais me irrita é o presidente da junta não se pronunciar sobre o assunto. As pessoas dão-lhe ideias e ele não as aceita. Por exemplo, andei um ano e meio a lutar para tirarem um sinal que estava mal posto”, salienta.O social-democrata diz que Afonso Costa e os socialistas às vezes parecem que andam a dormir, referindo o caso do Museu do Ar, que foi transferido para Sintra. “Nós víamos os camiões da Força Aérea a tirar os aviões do museu e o presidente da junta a insistir que não”, lamenta. O fecho de fábricas na freguesia preocupa o autarca, que defende mais apoio ao investimento e benefícios económicos para as empresas que escolham Alverca para se instalar. “Construíram-se prédios à maluca e esqueceram-se das empresas que são o motor da economia”, critica. João Cruz diz ainda estar “perplexo” com os preços “demasiadamente caros” cobrados pela junta de freguesia aos comerciantes do mercado mensal. “Eu sei que o Afonso Costa precisa de dinheiro mas não é a extorquir dinheiro desta maneira a quem já vende pouco que o vai conseguir”, lamenta. O social-democrata entende que o recente orçamento participativo da freguesia foi “um fiasco” e que pouca gente percebeu do que se tratava. “Mesmo os representantes dos vários partidos não viram aquilo com olhos de ver. Não foi cativante para a população. Pareceu propagandístico”, conclui.
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