Televisão digital terrestre não chega a metade da população de Mação
O vice-presidente da Câmara de Mação está indignado pela cobertura de sinal terrestre (TDT) não abranger mais de 45 por cento da população, tendo manifestado a vontade em levar a questão aos tribunais. Apesar das intervenções levadas a cabo nas infraestruturas da PT em Mação, e que foram “realizadas por pressão da autarquia”, segundo disse à Lusa Vasco Estrela, o vice-presidente da câmara, “a cobertura no concelho abrange somente 45 por cento da população, a taxa mais baixa de toda a região”.Vasco Estrela manifestou o seu “mais profundo desagrado pela forma inconcebível” como a cobertura terrestre (TDT) está a verificar-se naquele concelho, tendo observado que a população que adquiriu os equipamentos adequados e recomendados pelos técnicos vê-se agora confrontada com um “apagão” desde as 20h00 até meio da manhã do dia seguinte.“Esta situação tem ocorrido desde o dia 7 de Maio e não existem nem razões nem justificações que possam ser imputadas à nossa população, uma vez que seguiram as recomendações adequadas à sua situação concreta, como prova o facto de até ao referido dia não terem sucedido problemas de maior”, explicou.Segundo notou o autarca, a ausência de cobertura total está a afectar sobretudo os idosos e as pessoas com menores rendimentos, que têm maior dificuldade em adquirir os equipamentos necessários para ultrapassar a situação. “As nossas populações estão confusas e sobressaltadas e estão a arcar com despesas bem mais elevadas na medida em que, para além do descodificador, terão de adquirir e instalar também uma antena parabólica se quiserem ver televisão em condições”, disse.Vasco Estrela acrescentou ainda que chamar cobertura TDT à realidade concelhia “é uma pura ficção”, tendo assegurado que a actual situação “tem causado natural indignação aos habitantes que não conseguem perceber as razões de tão grande discriminação”.Tendo acrescentado que a autarquia “não pode mais tolerar que a população seja sempre prejudicada com este processo”, Vasco Estrela afirmou que a câmara municipal vai fazer valer os seus direitos, “dentro dos enquadramentos legais, democráticos e institucionais adequados”.
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