Os 89 anos de Maria Paninha ou como envelhecer activamente
Maria Paninha, 89 anos, debruça-se sobre a tela e contorna um dos traços da coroa de Maria. Não há muito tempo para desviar o olhar tal é o empenho da artista que já depois de dobrar os oitenta descobriu a paixão pela pintura. Foi mãe nove vezes mas tem apenas seis dos seus filhos. Toda a vida trabalhou em casa e por isso os seus dias passados no Centro de Dia do Centro Social e Paroquial de Azambuja, vila onde reside, são tão ou mais intensos que outrora. Maria Paninha, exemplo de dinamismo, dispensa as tardes passadas frente à televisão. Prefere criar. Seja na tela, a bordar ou a escrever cartas às amigas. “Quando as pessoas se reformam ficam com muito tempo. Ou conseguem arranjar actividades ou refugiam-se na alimentação, dormem muito e vêem televisão”, ilustra a directora do Centro, Maria João Canilho. As aulas de pintura, orientadas pelo professor Pedro Lima, são também pretexto para conviver. A educadora social, Telma Santos, e a assistente social, Margarida Lopes, ajudam no trabalho com os seniores que todas as semanas têm um plano de actividades. No dia 20 de Junho a instituição recebe um seminário nacional sobre “envelhecimento activo” com especialistas que abordarão o assunto. Ana Santiago
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