Ministério Público pede absolvição de ex-companheiro da presidente da Câmara de Rio Maior
Armas antigas encontradas na casa onde Alexandre Fonseca vivia com Isaura Morais eram de colecção
O Ministério Público (MP) pediu na terça-feira a absolvição do ex-companheiro da presidente da Câmara de Rio Maior, Isaura Morais, que está a ser julgado por posse de armas ilegais. Nas alegações finais, o MP de Rio Maior considerou que não foi feita prova em audiência de julgamento do crime que lhe estava imputado, justificando que Alexandre Fonseca desconhecia que era necessária licença para ter em sua posse armas que são consideradas peças de colecção. Justificou ainda o Ministério Público que considerando as características das armas, com base num relatório de perícia que diz que estas estavam em mau estado e revelavam várias deficiências, é possível que uma pessoa desconheça ser necessário o registo das mesmas. Na primeira sessão de julgamento, Alexandre Fonseca tinha dito que adquiriu as duas pistolas e duas facas em feiras de velharias porque gostava de coleccionar objectos antigos tendo outros como relógios, isqueiros e binóculos. As armas tinham sido apreendidas há dois anos durante uma busca da Polícia Judiciária (PJ) à casa onde Alexandre vivia com Isaura Morais, na sequência de uma queixa da autarca por violência doméstica. As duas pistolas têm mais de 100 anos e, conforme disse o arguido em audiência, só soube na altura pelos inspectores da Judiciária que para ter as pistolas em casa devia ter os canos tapados. Realçou ainda que uma das pistolas tem um calibre de quatro milímetros, “ainda menos que uma arma de pressão de ar”, e que nem sequer sabia se existem munições para as armas. As duas facas encontradas dentro de uma gaveta também são bastante antigas, uma datada da Segunda Guerra Mundial.Estavam para ser ouvidos no julgamento a presidente da câmara e um elemento da PJ como testemunhas, mas foram dispensados. Já tinha sido ouvido um dos inspectores que participou nas buscas e que disse que Alexandre Fonseca teve sempre uma atitude colaborante e que não ficou surpreendido quando as duas pistolas e duas facas foram encontradas. “Ele tinha a ideia que seria normal ter as armas”, salientou Filipe Ferreira da PJ de Leiria.
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