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Freguesia do Granho tem a sentença lida

Freguesia do Granho tem a sentença lida

Assembleia Municipal de Salvaterra de Magos propõe agregação de Granho a outra freguesia

O próprio presidente da Junta do Granho, Joaquim Ventura, admitiu que muitos moradores já estão resignados com o desaparecimento da freguesia.

O Granho vai ser a freguesia sacrificada pelos autarcas de Salvaterra de Magos na reorganização administrativa do concelho. A proposta do PS de agregar o Granho a outra freguesia do concelho de Salvaterra de Magos, mantendo as restantes freguesias, venceu na última sessão da assembleia municipal realizada a 14 de Junho. Os deputados do BE viram a sua proposta de realização de um referendo derrotada e acusaram o PS de ser o “coveiro” da freguesia do Granho. As votações decorreram por voto secreto e deram a vitória à proposta do PS por 15 votos a favor e 11 contra. Já o BE, que queria realizar um referendo local para perguntar aos munícipes se concordam que a assembleia municipal se pronunciasse sobre a matéria, perdeu com 14 votos contra, 10 a favor e duas abstenções. O deputado do PS, Nuno Antão, justificou que não existem mecanismos que impeçam a aplicação da Lei 22/2012 e por isso procuraram através da proposta minorar os danos. “Podíamos continuar a enterrar a cabeça na areia e a dizer que somos contra, mas precisamos de uma solução que impossibilite a aplicação automática da lei que poderá ter consequências ainda mais gravosas”, justificou o autarca. A proposta propõe a agregação de Granho a Marinhais, à Glória do Ribatejo ou a Muge, cabendo à Assembleia de Freguesia do Granho tomar a decisão. O PS reforçou que escolheu o Granho porque não encontrou nenhuma escapatória na lei para manter a freguesia mais pequena do concelho. O PSD subscreveu a proposta do PS, salientando pela voz do deputado João Filipe, que é contra a extinção de freguesias no concelho. PS acusado de ser “coveiro” do Granho“O Granho não é nenhum coitadinho. Se tivermos que nos juntar tudo bem, mas não podemos matar já o Granho”, criticou o presidente da Junta do Granho, Joaquim Ventura, que pediu aos autarcas do PS mais respeito pela freguesia. À margem do debate, o autarca confessou que muitos moradores já estão resignados com o desaparecimento da freguesia, mas irá continuar a lutar pela sua manutenção.Os deputados do BE acusaram o PS de ser o “coveiro do Granho” e de ter medo de ouvir as populações através do referendo. “Não percebemos a pressa do PS, ainda temos tempo para ouvir o desejo da nossa população, se nos devemos ou não pronunciar e se a vontade for sim então estaremos aqui para apresentar propostas”, disse o deputado do BE, João Abrantes. José Domingos, da CDU, acusou o PS de “dar de barato o Granho por só representar cerca de 800 votos nas próximas eleições autárquicas”. A CDU defende que se deve continuar a dizer não à extinção, fusão ou agregação de freguesias nas assembleias municipais. Notas à margem- Perderam-se 30 minutos a discutir por que razão o presidente da assembleia municipal, Francisco Cristóvão (PS), demorou tantos dias a marcar a assembleia e por que é que tinha colocado a proposta do PS em primeiro lugar na ordem de trabalhos e a do BE em último.- Cerca de 50 munícipes acorreram à assembleia municipal. A maioria veio da Glória do Ribatejo. O primeiro munícipe a abandonar a sala disse em voz alta que os partidos políticos deveriam era unir-se.- Como vem sendo hábito já das reuniões públicas da Câmara de Salvaterra, sempre que um autarca da oposição se pronuncia, elementos do BE começam a tossir. - O presidente da Junta de Salvaterra, João Nunes (BE), acusou o vereador socialista Hélder Esménio de ser um “escriba de meia tigela” e que não seria candidato nas próximas eleições autárquicas.- José Domingos (CDU) queixou-se do tempo da intervenção do deputado do PS Nuno Antão que respondeu, por sua vez, ao seu interlocutor dizendo que tinha “engolido uma cassete”. - O presidente da Junta do Granho acusou o deputado Nuno Antão (PS) de não parar quieto na cadeira e isso denunciar o seu nervosismo e vontade de querer matar o Granho. João Abrantes pediu também uma faca e o alguidar para o PS matar logo ali o Granho.
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