Cartaxo quer sair da Artemrede
Quota de 25 mil euros anuais a pagar à rede de teatros associados é uma das razões para a Câmara do Cartaxo pretender abandonar essa entidade intermunicipal criada em 2005.
A Câmara do Cartaxo pediu a exoneração da Artemrede - Teatros Associados devido à redução da programação cultural disponibilizada por essa entidade, à relação custo-espectador de alguns espectáculos produzidos e ao valor da quota anual de 25 mil euros paga à cabeça àquela associação intermunicipal.Segundo o vereador Fernando Martins (PS), que detém o pelouro do Centro Cultural, um conjunto de espectáculos com um baixíssimo número de espectadores - a sala principal tem capacidade para 340 pessoas - imputa à autarquia um custo demasiado elevado por espectador.“Sabemos que a programação da Artemrede está dependente de apoios do Quadro de Referência Estratégico Nacional que não têm sido transferidos atempadamente, o que dificulta a acção da associação, com uma capacidade de oferta de espectáculos muito baixa”, reconheceu o vereador.O presidente do município, Paulo Varanda (PS), lembrou que a quota de 25 mil euros é mais elevada do que as que a edilidade paga à Associação Nacional de Municípios Portugueses ou à Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo. Vincou ainda que estão a ser criadas dinâmicas para preencher o vazio de programação que a saída da Artemrede irá criar.A proposta foi presente à reunião do executivo municipal de 12 de Junho mas acabou por ser retirada a pedido dos vereadores de PSD e CDU para estudarem melhor o assunto. Deve ser retomada em próxima reunião do executivo a tempo de ser aprovada e submetida para discussão e votação de assembleia municipal que se deve realizar em Junho. Bernardo Pereira (PS) sugere que se contacte a Fundação Inatel para saber que é possível realizar protocolo que inclua a programação cultural daquela entidade.A Artemrede foi constituída em 2005 para abranger então 16 municípios dos distritos de Santarém, Lisboa, Leiria e Setúbal. Entre os associados da região estavam Abrantes, Alcanena, Almeirim, Cartaxo, Entroncamento, Santarém e Torres Novas. No grupo inicial mantêm-se Abrantes, Alcanena e Santarém, tendo entrado entretanto a Golegã.
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