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Museu Ibérico de Abrantes é para executar na totalidade

Presidente do município não desiste da polémica torre a construir no centro histórico, mas obra só avança quando e se houver dinheiro. O museu vai ser construído em duas fases.

A Câmara de Abrantes tem tudo a postos para avançar com a primeira fase do Museu Ibérico de Arqueologia e Arte (MIAA), tendo adiantado que apenas aguarda pela reabertura do acesso aos fundos comunitários para iniciar a obra.Com um investimento inicialmente estimado de 13 milhões de euros, o projecto de criação do museu desenhado pelo arquitecto Carrilho da Graça, implicava a construção de uma torre de 27 metros de altura no centro histórico da cidade para acolher as cerca de cinco mil peças que integram as colecções de ourivesaria, numismática, armaria, arquitectura romana, medieval e moderna e arte sacra dos séculos XVI a XVIII, entre outras colecções que Ernesto Estrada recolheu ao longo de meio século. Esse projecto tem gerado forte controvérsia na cidade, dadas as características do edifício e a sua zona de implantação, junto ao Convento de São Domingos, bem como pelo orçamento previsto.À margem da quarta antevisão museológica do MIAA, que se realizou em Abrantes no dia 14 de Junho integrada nas festas anuais do município, a presidente da autarquia, Maria do Céu Albuquerque (PS), reafirmou a intenção de construir o MIAA tal como inicialmente previsto, justificando a construção faseada do projecto com a actual situação económica e financeira do país.A autarca disse que o MIAA vai ser construído por duas fases, tendo adiantado que a primeira engloba a requalificação e musealização do Convento de São Domingos, no âmbito de um projecto de regeneração urbana “fundamental para a revitalização do centro histórico”, num valor que estimou em cerca de cinco milhões de euros.“A construção da torre vai ficar para uma segunda fase e avançará quando e se as condições o proporcionarem”, acrescentou, adiantando que o projecto MIAA foi “reequacionado” tendo em vista a requalificação do Convento de São Domingos e a sua capacidade de poder albergar exposições parciais das quatro colecções que o deverão integrar.“Vamos honrar um conjunto de compromissos assumidos”, assegurou, tendo feito notar que, “atendendo à actual conjuntura, seria irresponsável” avançar para este investimento nos moldes em que estava inicialmente previsto, de uma só empreitada.Promovido pelo município e pela Fundação Estrada, o MIAA tem o propósito de apresentar as colecções de arqueologia, de história e de arte, desde a pré-história até à época contemporânea, reunidas pelas duas instituições, e ainda duas colecções do escultor Charters de Almeida e da pintora Maria Lucília Moita, falecida recentemente.

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