Jovem atirador de Vila Franca começa caminhada rumo ao campeonato do mundo
Frederico Ferreira é um dos poucos jovens no circuito nacional de tiro desportivo
O jovem atirador começou a perseguir o sonho no passado fim-de-semana, com a presença no Grande Prémio de Portugal, que se realizou na Ota, Alenquer.
Aos 25 anos Frederico Ferreira, natural de Vila Franca de Xira, começou a sua caminhada rumo a uma presença no campeonato do mundo da modalidade de tiro aos pratos, que se realiza em 2014. O jovem atirador começou a perseguir o sonho no passado fim-de-semana, com a presença no Grande Prémio de Portugal, que se realizou na Ota, Alenquer. Entre 250 participantes, todos mais velhos que ele, Frederico conseguiu ficar a meio da tabela. Não fossem os nervos e a classificação final poderia ter sido bem melhor, confessa. No Grande Prémio de Portugal conseguiu rubricar 149 pratos partidos em 200 lançados durante a prova. Está federado na Federação Portuguesa de Tiro com Arma de Caça.Foram os familiares e os amigos que lhe convenceram a perseguir o sonho. Sabem que é bom a atirar, porque já acompanhava os pais na caça aos nove anos, apesar de só ter disparado depois dos 16. “A minha ambição é participar em mais provas e começar a ganhar para em 2014 fazer o campeonato do mundo. É uma caminhada que começa agora e que vai exigir esforço e dedicação”, conta a O MIRANTE. Frederico é um dos poucos jovens a participar na modalidade e lamenta que não haja mais incentivos para os jovens que gostassem de participar na modalidade. “Há uma ideia errada de que é um desporto só para ricos. Claro que custa dinheiro, não existem desportos gratuitos. Um conjunto de tacos de golfe também é caro, uma cana de pesca desportiva também. Tudo depende do material escolhido e da ambição da pessoa”, partilha.Uma arma das mais baratas ronda os 2 mil euros mas os profissionais chegam a disparar com armas acima dos 7 mil euros. A arma de Frederico, como outras deste desporto, teve de ser adaptada ao seu corpo, sobretudo ao ângulo de empunhadura e à altura do queixo ao ombro. Actualmente pratica no clube de tiro de Vale das Pedras, na Ota, mas vive em Vila Franca de Xira. “Gosto da minha cidade mas fico triste por ver que antigamente havia mais vida nas feiras, festas e nas nossas tradições, actualmente parece que morreram”, lamenta. Frederico considera que Vila Franca de Xira tem “imenso potencial” e que apesar da crise as pessoas não devem parar. “Faz falta mais diversão e mais comércio”, defende.
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