No passado dia 17 de Maio estive presente na Sessão Participativa de Alverca promovida pela CMVFX. Solicitei a palavra para ler um texto sobre orçamento participativo que tinha previamente escrito. Texto disponível em http://natacao-obrigatoria.webnode.pt. O vereador Fernando Paulo, argumentou em seguida a favor do método orçamento participativo aplicado e apresentou a CMVFX como um modelo de democracia, dando como exemplo a Agenda XXI e o carácter público das reuniões da CM. Rebati os argumentos apresentados, referindo que não podia considerar democrático um processo da Agenda XXI que apenas divulgava o evento aos habitantes da Póvoa de Santa Iria no próprio dia. Recordo-me de ter prosseguido afirmando que considerava o funcionamento da CMVFX, muito pouco democrático e que o orçamento participativo só podia ser implementado por políticos que colocassem o interesse público em primeiro lugar e não o interesse particular. Foi então que um membro da mesa interveio no registo que a vossa publicação disponibilizou em vídeo.Considero que a participação da sociedade na formação do interesse público é condição de legitimidade do mesmo. O interesse particular a que me referia era o de promover um orçamento participativo mantendo o controlo da decisão nos eleitos e não nos cidadãos, ou seja, ter o proveito de passar uma imagem de democracia participativa sem ter o sacrifício de abdicar da decisão. A minha crítica política não é insólita, segundo o barómetro da qualidade da democracia, 78 % dos portugueses concorda com a afirmação: “Os políticos preocupam-se apenas com os seus próprios interesses”.Imputarem-me ofensas pessoais que não proferi e construíram um juízo ofensivo sobre a minha intervenção, sem correspondência nos registos vídeo, só podem ser classificados por mim como difamatórios. Pelo exposto, considero que a vossa notícia não foi transmitida de forma contida, adequada e idónea.Mário Sá Pereira