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Vandalização dos cartazes da corrida de toiros de Vila Franca não desmobilizou o público

Os protestos anti-taurinos, com a vandalização dos cartazes da corrida de toiros das festas do Colete Encarnado, não prejudicaram o espectáculo de domingo e a praça Palha Blanco de Vila Franca de Xira praticamente encheu. Se o protesto tinha o objectivo de afastar o público, o efeito foi o contrário. O empresário da praça, Ricardo Levesinho, diz que foram vendidos cerca de 2500 bilhetes, além dos convites oferecidos a pessoas e entidades. Refere que a garraiada da sardinha assada, no dia anterior, também encheu a praça, fazendo um balanço muito bom das duas actividades. Cerca de 40 cartazes de promoção da corrida e duas lonas colocadas na praça de toiros Palha Blanco, apareceram vandalizados na madrugada de quinta-feira, 5 de Julho, com autocolantes de grandes dimensões a dizerem “cancelado por crueldade”. Uma situação que diz a empresa organizadora causou prejuízos de várias centenas de euros à Tauroleve, que explora a praça. “Tivemos de imprimir novos cartazes à pressa”, lamenta Ricardo Levesinho.Também vários outdoor’s do município de Vila Franca de Xira, que anunciavam o Colete Encarnado, foram vandalizados. O empresário da praça diz que se tratou de um acto “criminoso” que o deixou “triste” e “revoltado”, especialmente numa altura em que a cidade vivia os 80 anos do Colete Encarnado, a festa maior do concelho. “Não acredito que se tenha tratado de um protesto das associações de defesa dos animais. Essas dão a cara e enfrentam os seus princípios. Isto foi feito às escondidas, durante a noite, de forma cobarde. Penso tratar-se de movimentos anti-taurinos”, lamentou a O MIRANTE. O empresário, que acabou por não apresentar queixa na polícia, considera que as pessoas são livres de pensar e de agir, que “estamos num país livre que não vive no fascismo”, mas não pode entender “estes radicalismos” na forma de protesto. Ricardo Levesinho diz que respeita quem não gosta de toiros mas apenas “os que dão a cara”. Uma das principais organizações nacionais de defesa dos animais, a Associação Animal, também condena este tipo de protesto. A associação realiza várias manifestações no Campo Pequeno, em Lisboa, à porta da praça de toiros sempre que se realizam corridas. “Nós não fazemos este tipo de protesto nem o promovemos, todas as nossas acções são públicas”, explica Rita Silva, dirigente da associação. A responsável defende também que o protesto pode ser considerado “um sinal de descontentamento” pelo acto “cruel e bárbaro” que as touradas infligem nos toiros. “Possivelmente são pessoas que já não aguentavam mais ver os animais a sofrer”, conclui.

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