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Muito para além do Serviço Nacional de Saúde

Muito para além do Serviço Nacional de Saúde

Serviços privados são complemento e alternativa

Esta edição é feita à base de textos escritos por médicos e por outros profissionais de saúde. Nem todos conseguem pôr os assuntos em termos simples. Nem sempre é possível fazê-lo. Talvez seja melhor assim. Num país de facilitismos é bom saber que quem nos trata da saúde teve que se aplicar anos a fio para conseguir tal privilégio.

Os serviços prestados na área da saúde não se resumem aos serviços prestados pelo Serviço Nacional de Saúde. A situação não é de agora mas é agora que ganha cada vez mais importância e visibilidade o serviço prestado por clínicas e consultórios privados. Sem eles a assistência médica em Portugal correria um risco semelhante ao do provocado pelo fim do Serviço Nacional de Saúde. Os serviços privados são complemento e alternativa aos serviços públicos. Complemento, porque o Estado não consegue ter a funcionar todos os serviços necessários. Alternativa porque muitas vezes o Estado não consegue dar resposta em tempo útil a todas as necessidades. Os profissionais do sector público e do sector privado são formados nas mesmas universidades. Alguns trabalham mesmo nos dois sectores. Conhecem ambas as realidades. Sabem a responsabilidade que têm perante os seres humanos que tratam e perante a sociedade. Podem ser mais ou menos simpáticos e mais ou menos bem dispostos mas as suas habilitações e competências são sólidas. Nas suas escolas e faculdades não há facilitismo. As médias exigidas para entrada são elevadíssimas. A exigência ao longo dos cursos não abranda do princípio ao fim. Como dizia a canção: “Só passa quem souber”.As comissões de utentes da saúde ainda não começaram a lutar pela defesa dos serviços privados mas lá chegará a altura. A maioria tem acordos com o Serviço Nacional de Saúde e com muitos subsistemas de saúde. Com seguradoras. Mesmo os que não têm esse tipo de acordos não podem fechar sem prejuízo para todos nós. Basta pensar nos dentistas, por exemplo. Se alguém tem que fazer análises ou exames radiológicos como resolve o problema sem serviços privados? Concentrar tudo nos serviços públicos seria incomportável, todos o sabemos. Uma coisa é a utopia e outra a realidade.
Muito para além do Serviço Nacional de Saúde

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