Os vereadores do PSD e do PS na Câmara de Tomar votaram contra a classificação da tauromaquia como “Património Cultural e Imaterial de Interesse Municipal”, o que faz de Tomar o primeiro município da região a pronunciar-se contra uma proposta desse tipo. A decisão apanhou muita gente de surpresa, numa região onde a festa brava é uma imagem de marca e cartaz turístico, para mais existindo a expectativa que a maioria PSD votasse a favor. O que não aconteceu.Mas mais surpreendente ainda neste processo é a justificação dada pelos vereadores socialistas que apesar de reconhecerem que a tauromaquia se encontra “fortemente enraizada na cultura tradicional portuguesa no seu todo, possui expressão de particular relevância em algumas regiões ou lugares, mas não é esse o caso de Tomar”. Uma posição estranha, tomada 15 dias antes da tradicional corrida de homenagem ao emigrante que anualmente se realiza na cidade onde existe uma praça de toiros no activo, um grupo de forcados amadores e a que está ligado umbilicalmente um cavaleiro tauromáquico de topo chamado Rui Salvador.