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Martifer de Benavente rescindiu com 90 trabalhadores e deslocalizou 30

A Martifer Construções já encerrou a sua unidade em Benavente. Dos 120 trabalhadores, 90 rescindiram o contrato, 15 aceitaram deslocar-se para a unidade de Oliveira de Frades, localizada a cerca de 300 quilómetros, e outros 15 emigraram para as unidades da empresa no Brasil, Angola e Roménia.Embora o fecho só estivesse programado para Agosto, a falta de trabalho ditou a sua antecipação. “Tivemos a colaboração de todos os trabalhadores que aceitaram pacificamente esta antecipação porque constataram que realmente não havia trabalho”, explica fonte oficial do Grupo Martifer. A empresa mantém as condições que ofereceu aos trabalhadores quando comunicou a decisão de encerramento em Fevereiro deste ano. Vai ser assegurado o transporte, a alimentação, o alojamento e algumas horas extras aos trabalhadores que se mudaram para Oliveira de Frades. Os restantes 15 que aceitaram a proposta de emigrar também vão ter direito a uma viagem mensal para visitarem a família em Portugal. Esta atitude da administração do Grupo Martifer recebeu até elogios dos trabalhadores. Recorde-se que a decisão de encerrar a unidade de Benavente prendeu-se com a actual crise na Europa. Chegaram-se a desenvolver esforços para que a fábrica pudesse produzir estruturas em aço que seguiriam, via marítima, para o Brasil, já que a empresa ganhou o concurso de construção de algumas das estruturas metálicas dos estádios para o Campeonato do Mundo de 2014. Mas os custos dos transportes marítimos e alfandegários obrigou a empresa a criar uma fábrica no Brasil. A quebra de cerca de 30 por cento em 2011 de encomendas da Península Ibérica, contribuíram para ditar a morte da unidade de Benavente. Os prejuízos da Martifer Construções entre Janeiro e Setembro de 2011 ascenderam aos 31 milhões de euros.

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