Inês Henriques já foi várias vezes campeã nacional, estando actualmente a atravessar uma das melhores fases da sua carreira. Já foi 7.ª, 11ª, e 10ª em Mundiais e 3.ª numa Taça do Mundo. Este ano voltou a vencer o Grande Prémio de Marcha de Chihuahua, no México, repetindo o feito do ano passado. Em declarações a O MIRANTE Inês Henriques garantiu que a desilusão de não ter competido em Pequim é para esquecer. “Agora estou plenamente concentrada para os Jogos deste ano. A minha convocatória não foi uma oferta, durante estes quatro anos pensei em estar em Londres e conseguir uma boa classificação. Consegui esse objectivo, com muito sacrifício e muita vontade. A classificação não era fácil. Foi física e psicologicamente muito exigente, mas consegui e estou muito satisfeita”, garantiu.Quanto aos seus objectivos sente que foram um pouco dificultados pela lesão que a apoquentou durante cerca de dois meses e condicionou o seu esforço de treino. “Consegui tratar a lesão e há um mês que estou a treinar melhor. Sinto-me bem e quero lutar por um lugar nas dez primeiras em Londres. Esse é o meu objectivo e vou lutar com todas as forças por isso”, diz com esperança a atleta. Inês Henriques é atleta do Clube de Natação de Rio Maior e garante que a “Cidade do Desporto” é o seu local de treino predilecto. “Aqui em Rio Maior temos tudo o que precisamos para treinar. Temos condições como não encontro melhor noutros países. Tudo tem vindo a melhorar no Complexo Desportivo e no Centro de Estágio, só deixo Rio Maior para treinar em altitude ou em estágios organizados pela Federação”, disse.A atleta riomaiorense tem seguido com atenção a participação dos atletas portugueses noutras modalidades e, ao contrário do que ouve dizer, considera que tem havido boas prestações. “É verdade que alguns atletas têm ficado aquém dos seus objectivos, mas isso é uma situação que pode acontecer a qualquer um. Ninguém vai ao Jogos Olímpicos para brincar e quando as coisas não correm como queriam os portugueses podem acreditar que são os próprios atletas quem mais sofre com isso”, garante a atleta riomaiorense.Inês Henriques está plenamente convencida de que a marcha feminina portuguesa é muito forte. “Temos provado a nível internacional que somos muito fortes e em todo o lado onde vamos competir sentimos que nos colocam num patamar muito alto. Acredito que vai ser possível, que eu, a Vera Santos e a Ana Cabecinha possamos perfeitamente ficar as três no Top 10, nos Jogos Olímpicos de Londres”, disse a atleta.