Na remota hipótese do regresso de Moita Flores ao cargo de presidente da Câmara de Santarém, após terminarem os três meses de suspensão de mandato que solicitou, o autarca vai ter que contratar ou requisitar novas pessoas para o seu gabinete ou prescindir de qualquer apoio. Quem estava a trabalhar com ele até à data da sua saída também já saiu. A funcionária administrativa que pertencia aos quadros do município regressou ao seu serviço. O seu secretário, Valdemar Alves, já tinha saído e o adjunto, Vítor Varejão, foi contratado pela Scalabisport e já está a trabalhar naquela empresa municipal que gere o complexo aquático. Vítor Varejão disse a O MIRANTE que uma vez que tinha sido convidado pessoalmente por Moita Flores, não fazia sentido continuar na câmara mesmo estando ele apenas com o mandato suspenso. “Entendi que o que tinha que fazer era pôr o lugar à disposição”, realça.Varejão que já tinha sido administrador não executivo e sem vencimento na Scalabisport durante cinco anos, foi agora contratado como técnico. “Entenderam que deviam aproveitar a minha experiência, até porque durante toda a minha vida estive ligado à actividade desportiva”, justifica. O presidente em exercício, Ricardo Gonçalves (PSD), mudou-se para o gabinete que era de Moita Flores, mas não irá chamar ninguém para trabalhar directamente consigo. Atendendo às dificuldades financeiras, preferiu ficar apenas com o secretário que já tem desde 2005.