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Mercado Social de Arrendamento teve a sua primeira acção em Alpiarça

Presidente da câmara municipal acredita que o programa do governo vai ajudar mais pessoas
Foi através de um folheto deixado na caixa de correio da sua antiga casa que Patrícia Sousa teve conhecimento do mercado social de arrendamento, uma das medidas do Governo inseridas no Programa de Emergência Social (PES), através do qual o governo pretende colocar no mercado cerca de 800 imóveis com rendas, até pelo menos 30 por cento mais baratas, que os valores praticados no chamado mercado livre.Patrícia e o marido, Rafael, pesquisaram informações na internet e acharam a iniciativa vantajosa tendo enviado a candidatura para a câmara municipal que encaminhou todo o processo. O casal, que tem dois filhos, arrendou um apartamento T2, na Urbanização do Casal dos Gagos, à entrada de Alpiarça, e vai pagar 210 euros por mês, um pouco menos que os 250 euros que estava a pagar numa casa também arrendada mas com “piores condições de habitabilidade”.O presidente da Câmara Municipal de Alpiarça disse a O MIRANTE que existem mais dez processos em fase de análise nos serviços da autarquia para posteriormente serem entregues à NORFIN, entidade gestora do Fundo Imobiliário escolhida pelos bancos. Mário Pereira (CDU) acredita que o programa vai ajudar a resolver “alguns problemas” de habitação que existem no seu concelho onde admite existirem cerca de meia centena de casas para alugar ou vender. Patrícia Sousa, que trabalha na fábrica Renoldy, e Rafael Sousa, funcionário do Grupo Sonae, também acreditam que o programa que lhes permitiu mudar de casa pode ser útil a mais pessoas apesar de algumas críticas de imobiliárias que têm afirmado que os preços a que as casas estão a ser colocadas no mercado não diferem dos preços habitualmente praticados. Na origem de algumas desconfianças está o facto de ser indicado que os preços podem ser até 30 por cento mais baratos.Alguns críticos do mercado social de arrendamento também acusam o governo de estar a ajudar os bancos a resolver o problema das casas com que ficaram devido a hipotecas não pagas por famílias e construtores. O projecto junta os principais bancos privados portugueses nomeadamente Banco Espírito Santo, Banif, Banco Popular, Santander Totta, Montepio Geral, Millennium BCP e Caixa Geral de Depósitos, associados ao Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social e ao Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana. O secretário de Estado disse, no dia da entrega das chaves em Alpiarça, que actualmente existem cerca de meio milhar de candidaturas a serem analisadas. “Este programa pretende colocar no mercado, a custos mais baixos, imóveis que estavam por arrendar ou vender. O programa vai servir para auto-regular o mercado livre que, como é sabido, tem regras bastante complexas e difíceis de gerir”, destacou.

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