Francisco Calçada
60 anos, empresário, Alhandra
Acho ofensivo aconselhar as pessoas que estão desempregadas a emigrar. Toda a gente devia ter direito a trabalhar no país de origem. É quase como ser expulso da própria casa. Não ponho de parte a hipótese de emigrar para encontrar emprego.
Qual é a melhor altura do dia para ir à praia?Gosto de praia mas de preferência quando não tem muita gente. Prefiro uma praia mais recatada e ao princípio da manhã ou ao final da tarde.Que figura pública convidaria para se sentar na toalha de praia ao lado da sua?O primeiro-ministro, Passos Coelho. Aproveitava para lhe fazer duas ou três perguntas. E se lhe dessem uma mala cheia de dinheiro?Teria de pensar muito seriamente no assunto e tentar perceber de onde viria aquele dinheiro. Mas não iria só pensar no que poderia comprar, iria investir ou distribuir por instituições e entidades que me parecessem ter problemas e que eu pudesse ajudar.Se o deixassem numa ilha deserta como passaria o tempo?Não fazia nada, punha-me a meditar e ocupava o resto do tempo a contemplar a natureza.O que mais lhe agrada no Verão?Não me agrada muito o Verão por ser uma estação propicia a que não se faça nada e não me parece que isso seja uma coisa boa. Nesta época para quase tudo, o que é uma coisa idiota. Poderíamos tirar férias noutros períodos do ano e também aproveitar para descansar, fazer algum recolhimento e alterar os nossos hábitos. Em termos de clima prefiro o Verão ao Inverno.E se uma mulher lhe escrevesse uma carta de amor?Devolvia-lhe a carta, já não tenho idade para brincadeiras. Para mim o amor é “um pássaro azul no campo verde do alto da madrugada”, como se dizia há uns anos.Fado, Fátima ou Futebol?Fátima. Costumo ir ao santuário várias vezes por ano. A fé não é uma questão de altura e de momento. O ser humano não se desenvolve sem a parte espiritual. Se vivermos apenas baseados na matéria perde-se à partida um equilíbrio que deve haver entre a razão e a espiritualidade. Em termos de futebol sou um adepto distante do Sporting, que acompanho de vez em quando.Andar de automóvel ou a pé?Depende da distância. Em Alhandra ando sempre a pé até porque os combustíveis estão muito caros. Não diria que estamos a ser roubados mas a sociedade está organizada no sentido do lucro e quem investe e quem tem essas estruturas quer maximizar o lucro. É preciso encontrar outros paradigmas de subsistência.Se a freguesia de Alhandra se agregar à do Sobralinho, o que muda na sua vida?Não muda nada, não me faz confusão nenhuma nem isso me preocupa. Acho bem que haja uma reorganização administrativa. Entendo que as populações devem voluntariamente escolher o que querem e não deve ser o Governo a impor. O que espera do novo hospital de Vila Franca de Xira?Vai servir as populações de uma forma mais organizada. Era um caos, passavam-se horas de espera nos corredores desnecessariamente.
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