Mais de metade dos trabalhadores do estaleiro municipal de Rio Maior está “fora-de-jogo”. Uns estão de baixa, outros estão no serviço mas não podem pegar nas ferramentas por indicação médica e outros ainda não trabalham por razões tão extraordinárias, tão extraordinárias, que o vice-presidente da câmara, Carlos Frazão, nem as quis revelar. No futebol, cuja época oficial está a começar, quando há jogadores lesionados costuma dizer-se que estão no estaleiro. No caso de Rio Maior a expressão foi levada à letra e o estaleiro passou a ser local de estacionamento efectivo dos lesionados lá do sítio.Para os habituais críticos dos trabalhadores municipais o que causa espanto (para além de ainda haver dinheiro para comprar materiais) é o vice-presidente da câmara ter dito que aquela situação está a impedir a realização de trabalhos nas freguesias. É que, normalmente, quando uma brigada vai para um serviço há um elemento que trabalha enquanto os outros observam e sendo assim ele só tem que mandar dois funcionários doentes e um são para cada lado, para solucionar o problema. A não ser que tenham sido os que habitualmente trabalhavam a adoecer.