Numa fase em que para uma grande maioria da vida dos portugueses há cada vez menor capacidade financeira para fazer face aos custos de uma vida minimamente aceitável, o meu município (Almeirim) lança um imposto municipal no valor de 80 cêntimos por mês e por contador de água para suportar os custos da autarquia no funcionamento da Associação de Bombeiros Voluntários de Almeirim.Há autarcas que de forma clara dizem: “Prefiro pagar 80 cêntimos por mês e ter os serviços a funcionar do que depois não haver capacidade de resposta no socorro. Se isso acontecesse iria desejar ter pago o imposto”. Eu diria que também há um velho ditado que diz: “com mais uma sardinha o burro do sardinheiro caiu”.Na minha humilde opinião fica a sensação de que efectivamente os Homens e Mulheres que prestam o serviço público não conseguem gerir um Município em tempo de contenção pois estavam habituados a “nadar” em dinheiro, gastando-o em festanças e obras de interesse duvidoso. Todos dizem que não gostam de lançar impostos (mesmo só 80 cêntimos/mês), mas lançam mais um imposto para cima dos cidadãos que tanto dizem defender. Em momento algum devemos colocar em questão a operacionalidade/funcionamento do corpo de bombeiros mas é à direcção da Associação de Bombeiros de Almeirim que cabe a tarefa de captar mais verbas. Não me desagrada em nada o aumento das minhas quotas mensais como sócio. Não me desagrada nada a exploração do estacionamento do Parque das Tílias nos termos propostos em reunião de câmara de 20 de Dezembro de 2010 pela associação. Mas desagrada-me o imposto. Será que estamos a criar um imposto para suportar custos de instalação e funcionamento do Centro Distrital de Operações de Socorro e de outras instituições de carácter distrital ou mesmo nacional de onde alguns políticos tiram proveitos políticos?Só uma nota final. Não consegui visualizar o Plano Municipal de Emergência de Almeirim no sítio da Câmara Municipal de Almeirim.António Manuel Pratas Brites