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Torres Novas acaba com dois percursos dos transportes urbanos e reduz viagens nos restantes

As câmaras municipais sempre gostaram de fazer obras ou lançar serviços quando havia apoios, esquecendo-se dos custos da sua manutenção. No caso dos transportes urbanos aconteceu o mesmo. Lá por terem um apoio de 50 por cento dos custo dos autocarros não era caso para se lançarem de cabeça a criar transportes que, em muitos casos, estavam mal organizados. No caso de Torres Novas foi efectivamente a sustentabilidade que fez rebentar a iniciativa. Durou enquanto durou com a câmara a acumular deficit sobre deficit até as suas finanças baterem no fundo. Pelo menos houve o mérito de perceber que os transportes tinham que chegar a freguesias vizinhas da cidade como Brogueira, Meia-Via e Riachos. No caso do Entroncamento o serviço apenas serve algumas franjas da população como idosos e estudantes em tempo de aulas. Tendo a cidade a maior estação de caminho-de-ferro da região nunca se preocupou em fazer protocolos com outras entidades e autarquias para ir buscar passageiros às terras vizinhas como Barquinha ou Golegã, por exemplo. Pela minha parte lamento que o distrito de Santarém, como muitos outros que conheço menos, não tenham um verdadeiro serviço de transportes. As autarquias podiam ter-se sentado à mesa com a Rodoviária do Tejo, que tem a concessão dos transportes rodoviários de passageiros, para fazer alguma coisa de útil mas foram incapazes. Um ou dois autocarros por dia e apenas aos dias de semana, entre terras que distam entre si 6 ou 7 quilómetros é esbanjar dinheiro para fingir que há transportes. Quem se quer deslocar só tem como alternativa o táxi ou o carro próprio, esta é a realidade. O resto são milhões deitados ao lixo.Francisco Belém de Matos

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