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Maganão Manuel Serra d’Aire

A minha alma (a existir) está parva! A contestação laboral já chegou à Igreja Católica o que não augura nada de bom em termos de paz social. Não bastava os professores, os polícias, os juízes, os militares, os médicos, os maquinistas e outros, agora também há padres a reclamar, neste caso não por causa dos salários ou da perda dos subsídios de férias e de Natal, mas por causa das mudança de paróquias que regularmente ocorrem.Também neste caso o mundo mudou muito nas últimas décadas. Longe vão os tempos em que um sacerdote abancava numa paróquia e por lá ficava quase toda a sua santa vida, em casa de função, habitualmente acolitado por uma espécie de governanta que tratava das lides domésticas. Conheci alguns exemplos desses e posso dizer que nesses tempos faziam todo o sentido expressões como “comi como um abade” ou “não há melhor vida que a de padre”.Esses direitos adquiridos, usando o léxico político-sindical, também se foram, o que prova que os sacrifícios não poupam ninguém. Nem sequer os investidos como representantes de Cristo na terra, o que dá bem ideia do grau de tormentos a que temos sido sujeitos.A mim ensinaram-me durante as penosas aulas de catequese que os dogmas da Igreja não eram discutíveis (é por isso que são dogmas!). E que o respeitinho às hierarquias é muito bonito e garante lugar privilegiado no paraíso celestial. Portanto esta postura sindical do multifacetado padre José Luís Borga, questionando as mudanças de paróquias de alguns padres da Diocese de Santarém, deixa-me boquiaberto. Provavelmente vai vir aí mais um disco, desta vez recheado de canções de protesto. Porque a cantiga é uma arma, é bom não esquecer.Graças a Deus ou aos avanços da medicina, o (ainda) presidente da Câmara de Santarém, Moita Flores, está curado da doença que o afastou da autarquia. O problema era do stress, anunciou ele ao mundo através do seu blogue. A alta médica deu-se no final de Agosto. Mas o regresso à autarquia escalabitana parece posto de parte, não vá ter uma recaída. É que tanto credor a bater à porta deixa qualquer um com os nervos em franja.O presidente da Câmara de Torres Novas mais uma vez desrespeitou a lei das autarquias locais e não convocou reuniões do executivo em Agosto. Mas, não fossem os munícipes torrejanos pensar que os seus autarcas os tinham esquecido e votado ao abandono, assim que chegou das merecidas férias António Rodrigues ferrou-lhes com mais uma taxa para pagar (a dos chamados direitos de passagem), para não serem piegas e não andarem a chorar pelos cantos com saudades dos seus políticos. No Cartaxo, a oposição criticou a maioria socialista na câmara por ter recebido o líder nacional do PS, o soporífero Tó-Zé Seguro, no salão nobre dos paços do concelho que consideram ter sido transformado em “sede partidária”. Sinceramente não percebo esta costela masoquista do PSD e do Bloco, ao reagirem desta forma por não terem sido convidados para a sessão todos os vereadores e deputados municipais. Com um dia tão bonito lá fora ser fechado numa sala a ouvir o Seguro é um castigo que realmente os laranjas e bloquistas mereciam por serem queixinhas.Um abraço quebra-costelas do Serafim das Neves

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