Há médicos da medicina convencional que começam a encaminhar pessoas para medicinas alternativas por considerarem que estas podem ajudar na recuperação dos doentes. É o que está a acontecer no hospital de Vila Franca de Xira, onde alguns clínicos estão a aconselhar os utentes nesse sentido, apesar de na classe existir algum cepticismo em relação às terapêuticas alternativas. Nem tudo o que não é reconhecido pela comunidade médica é mau, admite Artur Moreira, fisioterapeuta coordenador na unidade hospitalar. “A classe médica ainda hesita muito no que toca a recomendar práticas de fisioterapia alternativa mas algumas delas, como a acupunctura, podem ajudar bastante”, explica o responsável a O MIRANTE. Alguns médicos do hospital, depois de esgotarem todas as alternativas, admitem propor uma incursão nas medicinas alternativas. “Há que experimentar todas as áreas e tratamentos, não podemos ficar apenas focados numa forma de tratamento ou alternativa”, acrescenta Artur Moreira. Exemplo desta abertura foram as iniciativas que o hospital promoveu para comemorar o dia mundial da fisioterapia, no dia 8 de Setembro no jardim municipal Constantino Palha em Vila Franca de Xira. Além de caminhadas, actividades físicas para idosos e sessões de esclarecimento para as futuras mães, o dia contou ainda com um workshop de Tai Chi Chuan, uma arte marcial oriunda da China que promove o relaxamento e o bem-estar físico. Para o fisioterapeuta esta é “uma actividade que, tal como os fisioterapeutas, também promove o relaxamento e por isso é uma forma de viver novas experiências”, sublinha. Cerca de 30 pessoas aderiram à iniciativa. Alguns exemplos de medicinas alternativas são a aromaterapia, cromoterapia, homeopatia, reflexologia e reiki.