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“O Inferno” conquista público do III Festival de Estátuas Vivas de Tomar

“O Inferno” foi a estátua viva que mais votos recolheu no III Festival de Estátuas Vivas, que decorreu em Tomar, Dornes (Ferreira do Zêzere) e Almourol (Vila Nova da Barquinha), entre 14 e 16 de Setembro. Por detrás desta máscara diabólica esconde-se a performer Marisa Vieira, de 33 anos, oriunda de Matosinhos, que conquistou o público com uma interpretação muito realista da figura do Diabo, instalada na Rua Serpa Pinto, em frente ao café Paraíso, em Tomar. O MIRANTE falou com a artista de rua, no domingo à noite, momentos antes de ser conhecida a votação do público e descobriu que, na edição do ano passado, já tinha arrecadado um prémio ao interpretar a peste. “Algumas crianças choraram, apesar da quietude, e ouvi muitos comentários a dizer que era assustador o que quer dizer que funcionou”, disse. Para além da máscara, feita por si, a artista calçou uns collants e um body, pintados a preceito para dar mais realismo à figura. “Algumas pessoas passavam para além da corda e quando me movimentava fugiam a correr”, conta, acrescentando que, felizmente, ninguém caiu. Em segundo lugar ficou a estátua viva da Rainha Santa Isabel, interpretada por Katarina Ferreira, que estava colocada em Dornes, Ferreira do Zêzere, e em terceiro lugar a estátua viva D. Afonso Henriques, interpretada por Carlos Ferreira, que esteve em pose no Castelo de Almourol, Vila Nova da Barquinha. De acordo com a vereadora da Cultura, Rosário Simões, a iniciativa voltou a registar a enchente de público do ano passado, calculando-se que tenham passado pelo festival cerca de 100 mil visitantes. As estátuas só notaram a crise à passagem das duas centenas de pessoas que, no sábado, se manifestaram contra as medidas de austeridade anunciadas pelo Governo. Alguns interromperam a sua actuação para saudar os contestatários. De resto, o festival foi uma autêntica festa, com animação de rua constante, realçando-se o facto de António Santos, o Staticman, ter conseguido bater o record mundial de mobilidade em suspensão, permanecendo imóvel durante cinco horas, seis minutos e seis segundos, num dia em que o calor foi um adversário feroz.

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