Estátua... mas pouco
O sorriso nervoso de Leandro e Letícia, dois irmãos de Tomar, reflecte o espírito de festa que pairava na noite de sábado, 15 de Setembro, no centro histórico da cidade. Era ali que se encontrava a estátua-viva de D. Dinis que, devido à grande afluência de público, de estátua pouco conseguiu fazer. “Estava com sede de cortar pescoços mas como os súbditos se portaram bem não foi preciso fazê-lo”, conta bem-humorado Luís Fonseca, 39 anos, um artista vindo de Santarém e que participou pela primeira vez no Festival de Estátuas Vivas. A sua personagem, que durante o dia esteve no castelo templário, foi bastante assediada pelo público, sobretudo por crianças, o que originou até situações menos confortáveis. A espada, conta, era de madeira, pelo que não faria mal a ninguém mas o artista sabe que a imaginação leva-nos até onde queremos. “Ordenei, em voz alta, a uma criança para que vergasse o pescoço e ela desatou a chorar e fugiu a correr para o pé do pai. Fiquei um bocado aflito porque o nosso intuito não é assustar as crianças mas fazê-las passar um bom bocado”, recorda. Elsa Ribeiro Gonçalves
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