Discordo da utilização da expressão “à revelia da Assembleia”. A decisão foi favorável ao recurso ao PAEL porque houve 15 votos a favor e apenas 13 contra. O que está em causa é saber se um determinado artigo da Lei das Finanças Locais relativo a um mínimo de votos de eleitos em funções de aplica neste caso. Acho que o Presidente da Câmara de Tomar faz bem em avançar com o pedido. Haverá muitas empresas que podem fechar lançando trabalhadores no desemprego se não receberem o que a câmara lhes deve. Os presidentes de Junta de Freguesia que tudo fizeram para inviabilizar o recurso ao dinheiro disponibilizado pelo Programa de Apoio à Economia Local nem sequer tiveram coragem para permanecer na sala e votar contra. Eles devem ser questionados sobre os motivos dessa fuga às suas responsabilidades. Os jornalistas deviam questioná-los. As guerras partidárias não devem prevalecer sobre os interesses da população. Todos os executivos do concelho de Tomar, independentemente da sua cor política, devem ter deixado dívidas por pagar para os seguintes.Carla Rodrigues de Freitas