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Epístola de Paulo Fonseca aos munícipes gera polémica

Vereador da oposição em Ourém diz que se trata de um acto de propaganda do presidente da câmara e este, na resposta, chamou-lhe mentiroso.

Uma opinião colocada pelo vereador do PSD na Câmara de Ourém, Luís Albuquerque, no seu mural do facebook, sobre o envio de uma carta de “propaganda” do presidente da câmara dirigida aos munícipes fez estalar o verniz e originou uma acesa discussão na última reunião camarária com o líder da autarquia, Paulo Fonseca (PS), a chamar mentiroso a Albuquerque. Tudo porque o vereador do PSD escreveu que “na Câmara de Ourém parece que a Lei dos Compromissos só é aplicada quando convém. Para o envio de cartas de propaganda, onde só faltou colocar o símbolo do Partido Socialista, não houve qualquer problema... mas para ceder autocarros às associações já se aplica a referida lei”, referiu Albuquerque.Na carta enviada aos munícipes com carimbo da autarquia, Paulo Fonseca aborda assuntos como a situação financeira do município “muito difícil”, referindo que a auditoria realizada às contas municipais identificou 55 milhões de euros em dívidas e compromissos dos anteriores executivos camarários, liderados pelo PSD. O presidente aproveitou ainda para promover o trabalho feito nos últimos três anos, desde que foi eleito. “Implementamos um plano de recuperação financeira, temos promovido uma cultura de poupança e sensatez na gestão da empresa. Extinguimos empresas municipais, reduzimos cargos de dirigentes camarários, pagamos 2,1 milhões de euros de protocolos celebrados com as juntas de freguesia”, pode ler-se na carta. Paulo Fonseca afirma ainda que com a Lei dos Compromissos foram várias as obras que tiveram que ser suspensas. E deu como exemplos alcatroamentos em estradas de Atouguia, Caxarias, Olival, Alburitel e Ourém.Luís Albuquerque acusa Paulo Fonseca de propaganda política e de haver dinheiro para enviar cartas aos cidadãos com dinheiro dos contribuintes. Além disso, acrescentou que publicando opiniões no facebook é mais fácil obter resposta do que fazê-lo na câmara uma vez que, diz, o executivo “nunca” responde. Questionado por Albuquerque sobre o facto do gasto de dinheiro com envio de cartas através do município, Fonseca explicou que o contrato de avença com os correios continua em vigor.

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