
Apoio domiciliário será o futuro no acompanhamento a idosos
Realça presidente da Casa de São Pedro de Alverca no 32º aniversário da instituição
O apoio domiciliário será o serviço de futuro no que diz respeito aos idosos. A convicção é da presidente da direcção da Casa de São Pedro de Alverca, instituição que assinalou na terça-feira, 13 de Novembro, o 32º aniversário. O serviço sai mais barato ao utente que não tem necessidade de abandonar o seu espaço. “Colocando-me no lugar deles acho que é mais confortável ter quem me leve a alimentação, garanta a higiene pessoal e da casa e me leve as compras e os medicamentos”, realça Luciana Nelas, 64 anos, à frente da direcção desde Janeiro de 2011. A presidente da instituição acredita que esta solução causa menos impacto no utente mas só é possível no caso de pessoas ainda lúcidas. Se isso não for aconselhável o centro de dia dá resposta às famílias que à noite vão ali buscar os seus familiares. “O lar é das opções mais caras e mais dolorosas para o utente”, reconhece Luciana Nelas que no entanto garante que a instituição tudo faz para garantir o bem-estar de quem ali vive.A instituição tem 111 utentes em lar, 50 em apoio domiciliário e outros 50 em centro de dia, embora no último caso tenha capacidade para acolher uma centena. Os 116 funcionários garantem o funcionamento da instituição que tem ao seu serviço três enfermeiras e dois médicos. O corpo técnico é elogiado pela presidente da direcção. “Há muita coisa que o dinheiro não paga e é preciso disponibilidade para fazer o serviço e coordenar muita gente”.A Casa de São Pedro de Alverca acolhe mais carenciados do que pessoas abastadas. As mensalidades variam, conforme os rendimentos, entre os 100 e os 900 euros. O grande problema que se coloca ao funcionamento da instituição actualmente é o incumprimento por parte de algumas famílias. Apesar de tudo a instituição tem as contas consolidadas e paga a tempo e horas aos fornecedores. Nenhum dos postos de trabalho está em risco. “Há pessoas que estão com dificuldades mas têm bens que podem vender. Outras nem isso têm. Coloca-se aqui uma questão de justiça. É justo baixar as mensalidades de igual forma? Vamos tentando negociar...”, explica.As instalações da instituição, localizada num espaço nobre do centro de Alverca, foram adquiridas a uma família especificamente para desenvolver o projecto, mas foi no terceiro andar do prédio de Graciete Pires, sócia número 2, esposa do fundador da Casa de São Pedro, Viriato Pires, que a instituição arrancou com o serviço de apoio domiciliário há mais de três décadas. “Os quatro funcionários lavavam e passavam a roupa e entregavam a alimentação ao domicílio a 28 utentes. Era uma coisa já necessária”, recorda. A instituição tem actualmente três mil sócios. Promove várias actividades, como danças de salão, ginástica e hidroginástica.

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