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Insolvência de duas empresas no concelho de Vila Franca atira 365 para o desemprego

Sindicatos falam numa situação “socialmente dramática” e pedem apoio para as famílias
A insolvência de duas grandes empresas do concelho de Vila Franca de Xira, a Dustrimetal (Alverca) e a Cimianto (Alhandra), causou uma situação “socialmente dramática” para o concelho, dizem os sindicatos. Ao todo perderam o emprego 365 pessoas nos últimos quatro meses. “Estas duas situações representam um elevado prejuízo para o concelho e deixam muitos trabalhadores numa situação socialmente dramática”, alerta Jorge Antunes, sindicalista da CGTP de Vila Franca de Xira. “Estas insolvências afectam a vida de muitas famílias e é chegado o momento dos autarcas de freguesia e do município estudarem formas de apoiar estas pessoas”, nota o responsável.Primeiro na Cimianto, em Julho, que depois de dois anos a tentar resistir no mercado com um plano de viabilização acabou por sucumbir às dívidas que tinha para com os fornecedores. 65 trabalhadores ficaram sem trabalho. Luís Santos, dirigente sindical e representante dos trabalhadores da Cimianto, diz que o plano de viabilização “era credível” e que todos os trabalhadores acreditaram que a viabilização seria possível. Mas a inesperada contracção do mercado da construção civil, aliado à falta de financiamento da banca, acabaria por ditar o fim da empresa.“Era uma empresa que tinha futuro mas foi afectada pela conjuntura, vivíamos muito da construção, é uma grande perda para o concelho”, lamenta Luís Santos. Em 2009 chegou a ser falada a venda de um terreno da fábrica à câmara municipal, que permitiria à firma encaixar meio milhão de euros, negócio que não se concretizou. Os trabalhadores saíram com os ordenados em dia mas ficaram sem receber os subsídios de férias, natal e os dias de férias não gozados de 2012. Nenhum dos trabalhadores da Cimianto conseguiu ainda arranjar trabalho. A empresa está agora em liquidação total os bens vão ser vendidos. Fundada em Setembro de 1942, a Cimianto era a única empresa do país dedicada exclusivamente ao fabrico de estruturas de fibro-cimento. No final de Setembro foi a vez da metalúrgica Dustrimetal, de Alverca, encerrar as portas, atirando 300 pessoas para o desemprego, embora só 65 trabalhassem directamente na fábrica de Alverca. Os restantes trabalhadores encontravam-se nas instalações da Batalha. A decisão de liquidação da empresa foi tomada em assembleia de credores, no dia 2 de Outubro, depois dos bancos não terem aprovado o plano de viabilização apresentado pelo administrador de insolvência. BPI, BCP, Montepio e Deutsche Bank eram os principais credores da empresa, seguidos da Segurança Social, Petrogal e FAF - Produtos Siderúrgicos. As dificuldades da empresa pioraram depois do cancelamento da obra do comboio de alta velocidade (TGV), onde a empresa estava envolvida.

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