uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

Requalificação paisagística do aterro de Mato da Cruz é “megalómana”

O estudo da requalificação paisagística do aterro de Mato da Cruz em Arcena, encomendado pela Valorsul, que explora o equipamento, foi considerado megalómano pela própria empresa. E a Câmara de Vila Franca de Xira partilha da mesma posição. Agora a empresa vai ter que pedir novo projecto para o espaço que tem de ser requalificado quando o aterro encerrar definitivamente em 2020. Transformar o local do aterro num espaço de fruição pública, é um dos requisitos exigidos no âmbito da exploração do aterro. “Entendeu-se que era um projecto megalómano e foi posto de parte”, informou o vereador da câmara e presidente dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Vila Franca de Xira, Vale Antunes. Fonte da Valorsul confirmou a situação. Em causa estava o facto de o anterior projecto ser “demasiado caro” tendo em conta a actual conjuntura económica. Recorde-se que o projecto prevê a transformação da zona do aterro - uma área de 41 hectares - num parque ambiental para a população de Arcena e Alverca, com zonas para actividades lúdicas e recreativas, jardins, parques infantis, pista de skate e patins e uma zona para desportos radicais, café e esplanada. O projecto, segundo a Valorsul, contemplava ainda um lago e uma zona ampla para actividades desportivas como balonismo, asa delta e parapente. Um jardim botânico e uma zona de exposições temáticas e actividades de educação ambiental eram outras das valências do espaço. Recorde-se que alguns políticos e moradores continuam a reclamar o encerramento antecipado do aterro. Entre eles está Nuno Libório (CDU), vereador da câmara municipal, que voltou a pedir à presidente do município, Maria da Luz Rosinha (PS), que “insista” com a Valorsul no sentido de encerrar aquele equipamento. A presidente já havia defendido publicamente o interesse em ver encerrado o aterro “até 2016”, uma pretensão que a Valorsul já negou. Os moradores de Arcena e o movimento cívico “O Estado d’Arcena” continuam a defender a selagem da infra-estrutura, acusando-a de ser causadora de maus cheiros e poluição de ribeiros. Actualmente uma das células do aterro, com 7,1 hectares, já foi encerrada por ter atingido a sua lotação. Continuam em funcionamento quatro células e uma plataforma de tratamento e valorização de escórias, ocupando uma área total de 42 hectares.

Mais Notícias

    A carregar...