Inalentejo explicou aos empresários sistemas de incentivos disponíveis
Sessão na Quinta das Pratas no Cartaxo organizada em conjunto com a Nersant
Vão estar abertas até 5 de Setembro do próximo ano, candidaturas aos incentivos a empresas em projectos de investimento por parte do Inalentejo, autoridade de gestão dos fundos comunitários de 58 municípios de Alentejo e da Lezíria do Tejo. O Inalentejo tinha disponibilizado até Abril 33 milhões de euros para incentivos a empresas, dispondo agora de uma dotação de mais 12 milhões entretanto aprovada. Segundo o vogal da comissão executiva do Inalentejo, António Costa da Silva, este é o momento ideal para as empresas se organizarem, estudarem modelos de negócio e projectos empresariais que podem vir a contar com incentivos. A informação foi dada durante a sessão de esclarecimento sobre incentivos a empresas realizada sexta-feira na Quinta das Pratas, no Cartaxo, promovida pela Inalentejo, em parceria com a Associação Empresarial da Região de Santarém (Nersant), o Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação (IAPMEI) e a Câmara Municipal do Cartaxo. António Costa da Silva lembrou ainda que os sistemas de incentivos a empresas são uma forma mais rápida e eficiente de desenvolvimento dos projectos das empresas, criando empregos e riqueza. “Os empresários têm um papel decisivo na mudança que lhes pertence nesta conjuntura difícil da economia portuguesa. Estamos a falar das micro e pequenas empresas”, sublinhou, não esquecendo também “facilidades” nos processos de financiamento, como a eliminação das garantias bancárias.Por parte do Instituto de Apoio às Pequenas de Médias Empresas (IAPMEI), Pedro Cilínio abordou três sistemas de incentivos que visam aumentar a competitividade das empresas nos mercados internacionais. Os sistemas de incentivos apresentados aos empresários foram: Qualificação e Internacionalização (capacitação e desenvolvimento da presença activa no mercado), Inovação (investimento em factores de natureza produtiva e empreendedorismo qualificado) e I&DT (criação de novos produtos de natureza exportável inseridos numa lógica de intensificação do volume de negócios). Pedro Cilínio foi exaustivo, o que levou um empresário presente, numa plateia com cerca de 30 pessoas, a comentar que Nersant devia ajudar as empresas a encontrar parceiros directos no exterior na busca de bens ou de serviços, em acções de Procurement, evitando as burocracias e complicações das candidaturas das entidades em Lisboa.Salomé Rafael, presidente da Nersant, lembrou que a associação fornece informação exaustiva, promove acções diversas e organiza missões empresariais a vários países e de empresas e entidades estrangeiras a Portugal, acções essas que permitiram que as empresas participantes aumentassem em 30 por cento as suas exportações. “Tivemos recentemente o caso do Business 2012 em que recebemos uma comitiva de 50 pessoas de vários países na busca de parceiros comerciais e de afinidades empresariais”, exemplificou.A presidente da Nersant referiu-se à Área de Localização Empresarial do Falcão, no concelho do Cartaxo, como uma zona de instalação de empresas “muito importante para a região e com uma localização de excelência, junto ao nó da A1”. A incubadora de empresas que será implementada nessa área - e cujo contrato de financiamento foi recentemente assinado - vai contribuir também para aumentar a competitividade da região.Ajuda à internacionalização chegou a AlcanedeJorge Frazão, administrador da empresa Frazão Rochas, SA, com sede em Alcanede, Santarém, falou na sessão como um dos empresários que recorreu ao sistema de incentivos para reforçar a capacidade exportadora da sua empresa. Dedicada à produção de pavimentos e revestimentos e a rocha ornamental desde 1994, a empresa candidatou-se a sistemas de incentivos na área da qualificação e internacionalização e na inovação, no final de 2011. Através do SI Inovação, conseguiu apostar em novos equipamentos e tecnologia e no SI Qualificação para se internacionalizar. “Hoje a empresa exporta 90 por cento da sua produção para cinco continentes, inclusivamente na China”, realçou Jorge Frazão. O empresário não deixou no entanto de alertar os responsáveis presentes para a forma como as empresas são olhadas com desconfiança. “Ainda há obstáculos e muitas vezes há que esquecer o acessório e ir ao fundamental”, referiu preocupado, sobre como será a próxima geração de empresários e onde irão garantir o dinheiro para fazer investimentos.
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