Desde que a Câmara de Santarém deixou de cumprir o protocolo assinado com o Círculo Cultural Scalabitano (CCS) para a realização de várias actividades das suas secções que as dificuldades aumentaram muito para a colectividade. A atribuição de dois mil euros mensais parou em Maio de 2009 e o apoio camarário passou apenas a ser logístico, somando uma verba de atraso na ordem dos 60 mil euros.Desde então que o CCS apostou na criação de espectáculos para venda que ajude a sustentar as próprias actividades. Foi também contraído empréstimo para compensar a falta do subsídio camarário, que custa em juros o que o Círculo um dia poderá receber das verbas em atraso, explica o presidente. O protocolo com o município incluía a realização de dez espectáculos de teatro e outros dez do coro, a par de cinco da orquestra, participando nas iniciativas oficiais da cidade.Durante a conferência de imprensa de apresentação das comemorações dos 58 anos do CCS, os dirigentes Eliseu Raimundo e Manuel Nogueira lamentaram que o projecto de cultura de massas da autarquia não tenha resultado em nada, ficando prejudicado um projecto de base concelhia.Não imunes a críticas ficam outras instituições e entidades onde as secções do CCS raramente entram. É o caso do CNEMA, do Festival de Gastronomia ou da Feira de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo.