Cartas anónimas levam Paulo Fonseca a pedir investigação ao Ministério Público
“Não é admissível que, semanalmente, o trabalho público seja brutalmente ferido pela emissão de denúncias anónimas, cobardes e iníquas”, diz o presidente da Câmara de Ourém.
Todas as cartas anónimas com acusações ao executivo municipal, e também a alguns funcionários, que chegam “todas as semanas” à Câmara de Ourém estão a ser enviadas para o Ministério Público (MP) de modo a que a situação seja investigada. Esta foi a resposta do presidente do município, Paulo Fonseca (PS), a uma carta da Inspecção Geral de Finanças (IGF), que quis esclarecer o assunto depois de ter tido conhecimento do teor de algumas dessas missivas, pedindo para o presidente se pronunciar sobre o mesmo.Paulo Fonseca classifica os autores das cartas como “cobardes” e “terroristas” explicando que uma das últimas cartas acusava alguns funcionários da autarquia de ilegalidades. O autarca garantiu que os visados já apresentaram queixa contra desconhecidos. Na carta enviada à IGF, Paulo Fonseca pede que seja feita uma inspecção profunda e detalhada a “tudo o que foi feito, decidido e concretizado no município de Ourém nos últimos dez anos”. “Queremos recuperar a paz que deveria ser corolário parceiro da democracia e esclarecer todos os que se fez, faz e se projecta fazer”.Em reunião de câmara, Paulo Fonseca afirma que as pessoas falam em surdina sobre os autores das cartas. O autarca considera que estas atitudes são inadmissíveis até porque as acusações das cartas anónimas “projectam-se em réplicas inflamadas na blogoesfera sem que haja consequências das sucessivas insinuações que se escrevem”, pode ler-se na carta que Fonseca enviou ao sub-inspector geral da IGF. “Não é admissível que, semanalmente, o trabalho público seja brutalmente ferido pela emissão de denúncias anónimas, cobardes e iníquas inspiradas em motivações políticas reprováveis numa vivência caótica que macula consciências sãs e expulsa energias motivadoras pelo bem público”, acusa o autarca.O presidente da Câmara de Ourém vai mais longe e solicita ao Provedor de Justiça, Procuradora Geral da República, presidente da Assembleia da República e secretário de Estado das Autarquias Locais que promovam uma ajuda à “manutenção regular do Estado de Direito Democrático de forma a desenvolver-se um modelo esclarecedor que penalize infractores e ilibe aqueles que trabalham diariamente pela causa pública com honestidade e promova rapidez nas investigações necessárias a esse propósito”, realça.
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