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Comunidade do Médio Tejo recua na decisão de se juntar a Castelo Branco

Falta de consenso deve colocar um ponto final nesse processo de agregação de municípios de dois distritos
A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) recuou na decisão de se juntar a sete municípios do distrito de Castelo Branco, tendo em conta a “ameaça” de Ourém de se ligar a Leiria e as “reservas” de Castelo Branco.O presidente da CIMT, o socialista António Rodrigues, disse à agência Lusa que depois da reunião de dia 14 de Dezembro, em que foi votada a junção aos municípios do Pinhal Interior Sul e da Beira Interior Sul, depois de aceite a premissa de que nenhum município deixaria o Médio Tejo, houve “um recuo”.Em causa estão as dúvidas manifestadas na reunião do executivo municipal de Ourém na passada semana e o anúncio da intenção de levar o assunto à assembleia municipal, mas também as “reservas” do presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco quanto a esta junção, o que levou a CIMT a reunir-se de novo no dia 19 de Dezembro, disse António Rodrigues.“A premissa que tínhamos caiu, como caiu a decisão” tomada na reunião promovida pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro, na segunda-feira, 17 de Dezembro, em Ílhavo, no final da qual foi anunciada a redução das actuais 12 NUT III (Unidades Territoriais para fins Estatísticos) do Centro para sete, afirmou o autarca.Segundo António Rodrigues, a CIMT continua disponível para analisar qualquer proposta do Governo sobre esta matéria, sempre na condição de o Médio Tejo manter todos os 11 municípios que o integram actualmente. Autarca de Ourém acusa presidente da CCDR de abuso de confiançaNo âmbito deste processo, o presidente da Câmara de Ourém, Paulo Fonseca (PS), acusa o presidente da CCDR Centro, Pedro Saraiva, de abuso de confiança. Em causa está a reunião da semana passada dos municípios para decidir se a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) se fundia com sete municípios do distrito de Castelo Branco. O verniz estalou quando se soube que Pedro Saraiva tinha dito que a proposta tinha sido aprovada por unanimidade no seio da CIMT. Paulo Fonseca afirma que a proposta foi aprovada com seis votos a favor, 4 votos contra (Ourém, Vila Nova da Barquinha, Alcanena e Ferreira do Zêzere) e uma abstenção do município de Constância. Foi esta situação que originou uma reunião na quarta-feira, 19 de Dezembro, da CIMT onde esta recuou com a decisão de se unir aos sete concelhos do distrito de Castelo Branco. Paulo Fonseca disse ainda, em reunião do executivo, que Pedro Saraiva ficou muito ofendido com a carta que o autarca de Ourém lhe enviou a manifestar o seu descontentamento com o alargamento da CIMT e a sua vontade de se querer juntar a Leiria. Nesse sentido, Fonseca também deu conta da missiva que recebeu da Comunidade Intermunicipal de Leiria que se “regozija” com a vontade do município de Ourém de se agregar a Leiria, mostrando disponibilidade para o aceitar caso o Governo assim o entenda.

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