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Colectividades não querem pagar uso do pavilhão da Comissão de Festas de Marinhais

Há perto de dois anos a Comissão de Festas de Marinhais resolveu pedir um pequeno apoio às colectividades da terra sempre que estas usassem o pavilhão. No início só duas se opuseram à situação, mas o descontentamento tem crescido nos últimos tempos. As associações defendem que o pavilhão é de todos e que não devem pagar para o usufruir.

O pavilhão que está a ser usado pela Comissão de Festas de Marinhais está a gerar alguma polémica na vila. A comissão resolveu cobrar cerca de 50 euros às outras colectividades, para ajudar na manutenção, sempre que estas utilizem o espaço. O descontentamento tem crescido entre algumas associações que defendem que o pavilhão é de todos. A presidente da Junta de Marinhais, Fátima Gregório (PS), confirma que a situação está a gerar algum desconforto e pretende realizar uma reunião entre todas as colectividades para se chegar a um acordo. O terreno onde está construído o pavilhão de Marinhais é da junta, tal como o próprio pavilhão, embora não exista qualquer escritura. Há cerca de 40 anos, o povo juntou dinheiro para mandar erigir o pavilhão, mas nunca se legalizou a situação. O que está estipulado verbalmente é que sempre que existe uma Comissão de Festas em Honra de São Miguel Arcanjo é da sua responsabilidade a utilização do pavilhão, caso contrário a gestão é assumida pela junta. A junta é a responsável pelo pagamento da água e luz do recinto, quer exista ou não comissão.Há cerca de dois anos, a comissão decidiu que as colectividades deveriam pagar um pequeno valor sempre que usavam o pavilhão para ajudar nos custos de manutenção. Na altura, a proposta só recolheu o voto contra do Clube Ornitológico de Marinhais e dos escuteiros. Mas com a actual crise económica, o descontentamento já chegou também a outras associações. “Continuo sem concordar porque o pavilhão é um bem de todos, construído com o dinheiro do povo. Não é da comissão de festas, embora eles se achem os donos. Dizem que o dinheiro é para a manutenção do edifício, mas não existe sequer um regulamento sobre isso”, aponta o presidente do clube ornitológico, Joaquim Simões. Também alguns elementos do Rancho Folclórico Lusitanos de Marinhais não concordam com o pagamento. “Se existisse uma conta e todo o dinheiro fosse canalizado para lá nós até compreendíamos. O pavilhão não é deles, é de todos. Existem já famílias que não estão a contribuir para a comissão por causa desta situação”, refere um elemento do rancho. Marco Domingos, da comissão de festas, explica que nos últimos dois anos investiram na recuperação de todo o pavilhão perto de 100 mil euros. O responsável explica que as colectividades usufruem de todos estes investimentos e durante o tempo que utilizam o pavilhão impedem a comissão de realizar lá os seus eventos e angariar mais dinheiro. “ É justo que paguem uma pequena compensação”, nota. Para além disso, Marco Domingos explica que a partir de 2008 a comissão deixou de explorar o bar sempre que o pavilhão é cedido a outras colectividades, para que estas possam angariar mais algum dinheiro. “Existe sempre abertura para que as colectividades conversem connosco e se não estiverem satisfeitas encontraremos outras soluções”, acrescenta Marco Domingos.

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