Parcerias são fundamentais para obter melhores resultados na produção e venda de vinho
Conclusões do fórum regional “O vinho e o mundo rural” apresentadas no Cartaxo
A região do Ribatejo tem todas as condições para se tornar um destino de enoturismo por excelência mas é necessário que todos os agentes intervenientes trabalhem em rede e cooperação. Só assim todos serão mais eficazes e os produtores vão conseguir melhores resultados na venda de vinho. Esta foi a principal conclusão do Fórum Regional “O vinho e o mundo rural” realizado em Coruche no dia 18 de Janeiro e cujas conclusões foram apresentadas na sexta-feira, 25 de Janeiro, no auditório do Museu Rural e do Vinho, na Quinta das Pratas, no Cartaxo.A primeira parte do fórum, que decorreu no Observatório do Sobreiro e da Cortiça, incluiu vários painéis de debate e oradores especialistas na matéria. “Novos Desafios do Mundo Rural e a Inovação”, “Vinho e Economia Sustentável”, “Vinho e Comunicação”, “Vinho, Gastronomia e Turismo” e “Vinho, Autarquias e Agentes Locais” foram os temas dos debates realizados em Coruche. No Cartaxo foram apresentadas as conclusões que vão servir de base ao Congresso Nacional do Vinho e do Mundo Rural que se vai realizar na Feira Nacional da Agricultura, em Santarém, no dia 11 de Junho.O enólogo Diogo Campilho criticou a falta de ligação entre os vários intervenientes na oferta aos visitantes e deu como exemplos o problema dos museus e dos restaurantes que não estão abertos; o alojamento que não se disponibiliza para tornar a oferta atractiva; o e-mail que não é respondido atempadamente ou a limitação ao número de visitantes de uma quinta. “Existe uma oferta em quantidade, diversidade e qualidade para que o Ribatejo se torne um destino de excelência. O que falta é que essa oferta seja integrada e funcione de forma articulada”, referiu Ana Paula Sousa, representante da Entidade Regional de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo.O presidente da Câmara de Coruche, Dionísio Mendes, concluiu o último debate em que foi moderador e onde se falou sobre “Vinho, autarquias e agentes locais”. O autarca reforçou a ideia de trabalhar em rede e com parcerias de modo a que “sejamos mais eficazes e consigamos obter melhores resultados”. Dionísio Mendes afirmou ainda que as autarquias e os agentes locais, que têm uma forte ligação com a população e produtores, podem fazer o trabalho que falta de forma mais eficaz. “Temos que optimizar os meios existentes. Em Portugal somos mais individualistas e isso traz consequências nefastas para a economia. Com cooperativismo há uma multiplicação de esforços, retorno e eficácia”, esclareceu.Também a presidente da Nersant - Associação Empresarial da Região de Santarém esteve presente no fórum em Coruche. Salomé Rafael afirmou que é preciso investir na qualificação, inovação, formação e modernização associando o vinho a outros produtos do mundo rural. “O mundo rural tem uma importância enorme e é uma actividade que oferece oportunidades de negócio a muitos jovens desempregados”, disse. A dirigente partilhou a mesma opinião dos outros oradores ao referir a importância de se trabalhar em rede. “As microempresas dificilmente se afirmam no mercado interno, quanto mais no externo. É fundamental associarem-se e criarem escala para depois poderem enfrentar os desafios dos mercados de outra forma”, reforçou.
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