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Formação na área da cortiça vai arrancar em Coruche

Protocolo entre Câmara de Coruche e Cincork assinado na segunda-feira
O Observatório do Sobreiro e da Cortiça vai disponibilizar pequenas acções de formação no sector da cortiça para pessoas com idade igual ou superior aos 18 anos quer se encontrem activas ou desempregadas. Nesse sentido foi assinado um protocolo entre a Câmara de Coruche e o Cincork - Centro de Formação Profissional da Indústria da Cortiça na segunda-feira, 4 de Fevereiro. Numa sessão dedicada à “Formação Profissional na Estratégia da Fileira da Cortiça”, Joaquim Lima, da Associação Portuguesa de Cortiça, aproveitou para manifestar a sua preocupação com os vedantes de plástico e metal que estão a roubar uma quota de mercado importante às rolhas de cortiça. Neste momento 64 por cento do mercado dos vedantes é ainda assumido pela rolha de cortiça. Mas a quota tem vindo a reduzir-se. “Há dez anos era impensável, tínhamos uma quota de mercado de 90 por cento dos vedantes”, apontou. Também Conceição Silva, da Associação de Produtores Florestais de Coruche, chamou a atenção para a importância da rolha de cortiça, elemento importante para viabilizar economicamente o montado do sobro. “Quando se compra uma garrafa de vinho deve comprar-se uma com uma rolha de cortiça. Estamos a contribuir para uma gestão sustentável do montado”, referiu. Uma vez que o sector da cortiça ainda exige muito trabalho manual, a engenheira acredita que a qualificação é cada vez mais importante. O presidente da Câmara de Coruche, Dionísio Mendes (PS), revelou que já andava a lutar por este protocolo há dois anos. “É muito importante para o nosso concelho, onde temos já perto de uma centena de trabalhadores nesta área. A qualificação é importante para assegurar o futuro do sector e acredito que esta formação vai trazer resultados para o nosso concelho”, concluiu. Formações de curta duraçãoA Formação Modular Certificada apresenta pequenos cursos de 25 horas ou 50 horas, onde só os módulos de “planeamento da exploração florestal” ou “resinagem e descortiçamento” exigem o 9º ano de escolaridade. Existem ainda formações dedicadas à poda e desbaste; recolha de produtos florestais - extracção de cortiça; código internacional de práticas rolheiras; ambiente, segurança, higiene e saúde no trabalho - conceitos básicos. As formações vão arrancar logo que se reúnam alguns interessados. Um dos objectivos do projecto é conseguir também levar as formações aos ranchos de trabalhadores do sector de modo a realizarem lá as aulas ao ar livre. Para mais informações os interessados podem contactar a autarquia ou o Observatório da Cortiça.

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