Há dois anos a saída de emergência da Escola Básica nº1 da Castanheira do Ribatejo estava obstruída pela vedação de um estaleiro de obras. Desde essa altura apenas foi retirada a rede para permitir em caso de emergência a saída de quem está no estabelecimento de ensino, mas o estaleiro continua abandonado, apesar de O MIRANTE já ter chamado a atenção para o problema em Janeiro de 2011. O que está a preocupar pais e professores da escola. A Câmara de Vila Franca diz que tem tentado resolver a situação e espera que se encontre uma solução em breve. O espaço é insalubre, está degradado tem servido de albergue a toxicodependentes que ali se escondem das autoridades. No local há várias seringas espalhadas pelo chão. O estaleiro ficou abandonado quando a empresa que o instalou, a João Salvador de Tomar entrou em insolvência em 2009. O estaleiro colocado ao lado da escola iria servir de apoio à construção da urbanização da Cevadeira. Para piorar o cenário as protecções laterais que impediam o acesso ao interior do estaleiro voaram com o temporal do mês passado e não foram arranjadas. Pais e professores reclamam a demolição do espaço. “É um perigo, qualquer criança entra aqui e brinca neste espaço miserável. E tudo a pouco mais de 50 metros da escola”, lamenta Jaime Pereira, morador na zona. A Câmara de Vila Franca de Xira diz que está atenta ao problema e que notificou o administrador de insolvência da construtora no sentido do estaleiro ser removido. O vice-presidente do município, Alberto Mesquita, mostra-se confiante que o problema ficará resolvido “num curto espaço de tempo”.Para a directora do Agrupamento de Escolas da Castanheira o estaleiro é fonte de preocupação para a escola. “Já chamámos à atenção a junta e a câmara várias vezes. Temos esperança de que a situação fique resolvida rapidamente”, refere Carla Ferro. O presidente da junta de freguesia, Ventura Reis, diz que o estaleiro é “muito perigoso” e nota que recentemente algumas das chapas da vedação voaram e caíram dentro da escola. “Por sorte era sábado e não estavam crianças a brincar no pátio. Temos de prevenir acidentes e para isso há que desmantelar aquilo rapidamente”, conclui.