Passaportes e cartões do cidadão extraviados provocam transtornos em Salvaterra
Uma remessa que continha 14 cartões do cidadão e três passaportes que deveriam chegar à Conservatória do Registo Civil, Predial e Comercial de Salvaterra de Magos até ao dia 16 de Janeiro nunca apareceu. A instituição ainda demorou 12 dias a emitir novos documentos, o que provocou vários transtornos aos requerentes. Joaquim Caseiro, morador em Marinhais, é uma das pessoas que tinha solicitado um passaporte para o seu filho. “Dirigi-me à conservatória diversas vezes, mas não me queriam dizer o que aconteceu. Só depois de ter apresentado uma reclamação por escrito é que um novo passaporte acabou por ser emitido”, revela. Perdeu tempo, gasóleo e consumiu-se em preocupações. O filho emigrou para a Dinamarca recentemente e precisava do passaporte para poder trocar dinheiro. “Só não foi pior porque estava com o irmão que já tinha o passaporte e o ajudou, senão não sei como seria”, repara. Outro homem que solicitou o passaporte viu-se obrigado a adiar a sua viagem por duas vezes devido a essa situação. A secretaria do Instituto dos Registos e do Notariado explicou que mal a situação foi detectada, a 16 de Janeiro, os serviços foram obrigados a tomar uma série de diligências junto da entidade que produz os documentos, a Imprensa-Nacional Casa da Moeda (INCM), e dos CTT. Só a 28 de Janeiro é que os CTT deram a guia de remessa como extraviada, tendo sido emitidos no próprio dia com carácter de urgência todos os documentos para serem entregues no dia seguinte. Todos os documentos que se perderam foram anulados nas bases de dados do Instituto dos Registos e Notariado e junto do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e participado às autoridades. O que não deixa mesmo assim de gerar preocupações. “Os passaportes no mercado negro valem muito dinheiro. Pode acontecer a qualquer um, mas por parte das próprias instituições é lamentável”, critica Joaquim Caseiro.
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