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Director Geral de O MIRANTE critica Governo por ter acabado com a publicidade de actos públicos

Director Geral de O MIRANTE critica Governo por ter acabado com a publicidade de actos públicos

Joaquim António Emídio diz que para além de afectar a transparência política a medida tira receitas aos jornais
Na tarde de quinta-feira, 21 de Fevereiro, em Abrantes, no decorrer da cerimónia de entrega dos prémios “Personalidade do Ano” de O MIRANTE, o director geral do jornal criticou o Governo por ter acabado com a publicidade obrigatória de certos actos públicos que, para além de contribuir para a transparência política, era uma forma de contribuição para o pagamento do serviço que os jornais regionais prestam às comunidades .“Nestes 25 anos de existência já nos viraram do avesso algumas vezes. Uma delas alterando as regras do Porte Pago (apoio dado ao envio de jornais pelo correio). Mais recentemente cortando toda a publicidade que facturávamos junto de entidades concelhias que era e deveria continuar a ser uma fonte de receita que ajudasse a pagar o serviço público que prestamos à comunidade”, disse Joaquim António Emídio.Perante uma plateia que enchia o cineteatro S. Pedro, o orador garantiu, no entanto, que a decisão governamental a que chamou “traiçãozinha”, não derrubou O MIRANTE porque ele tem “bons alicerces”.Depois de confessar o orgulho que sente por O MIRANTE ter completado 25 anos de edição em Novembro do ano passado, como líder incontestado de audiências e na posição de melhor jornal regional do país, Joaquim António Emídio explicou que o caminho do sucesso não é fácil.“Somos em Portugal o único jornal de referência que não pertence a um grande grupo económico. O único, não me canso de o repetir. Dito assim parece uma banalidade. Quem sabe o que custa viver e sobreviver num mercado dominado por uma concorrência desleal, num mercado onde a comunicação social é dominada por patrões que ganham dinheiro noutros negócios para perderem nos seus jornais e televisões, quem sabe isto, percebe melhor e entende melhor o significado que atribuo ao facto de sermos um jornal independente, que pode praticar um jornalismo de proximidade sem a canga de um patrão ou de um investidor que precisa do jornal para servir os seus interesses pessoais ou os das suas empresas”.Referindo-se aos processos que o jornal tem em tribunal manifestou a sua esperança que não seja uma eventual degradação do sistema de justiça a pôr em causa a continuidade do jornal. “Não caíremos nas muitas batalhas que travamos todos os dias mas podemos morrer no campo de batalha traídos pela falta de justiça que tanto defendemos e tentamos respeitar no nosso trabalho diário. Nada de queixinhas. Mas as liberdades conquistadas com o 25 de Abril já não são o que eram. Principalmente para os que teimam em lutar com as armas do trabalho e da independência e que assumem a rebeldia na defesa de causas tão velhas como a honestidade”.A intervenção do director-geral de O MIRANTE terminou com um rasgado elogio às Personalidades do Ano. “Temos mil histórias para contar desta vida de andarilhos e de escrita pela noite dentro mas não temos tantos quilómetros de estrada como os músicos dos Quinta do Bill, nem tantas horas de olho fino como o Nené a ver para que lado marram os toiros, nem sabemos tanto de política como a deputada Carina Oliveira, que tem a escola da Assembleia da República. Jamais conseguiremos ser jornalistas de proximidade com a mesma proximidade que o Dionísio Mendes que é presidente de câmara; nunca chegaremos aos calcanhares do massagista Mário André a deitar a mão a uma dificuldade. Por muitos anos que vivamos nunca mais conseguiremos apanhar o passado antifascista e cheio de referências culturais da Euterpe Alhandrense e ficaremos sempre de boca aberta a ver como se organizam em termos empresariais e associativos o Conservatório de música de Ourém e Fátima e o Sport Clube Operário de Cem Soldos. O Juventude Amizade e Convívio de Alcanena é um caso raro de êxito no desporto, principalmente feminino, e nós somos todos uns trambolhos se nos tirarem o ofício da escrita ou, noutros casos, a capacidade de ajudarmos a duplicar negócios com a publicidade que vendemos para o nosso jornal”.
Director Geral de O MIRANTE critica Governo por ter acabado com a publicidade de actos públicos

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