O presidente da Câmara Municipal de Constância, Máximo Ferreira (CDU), não vai recandidatar-se a esse cargo nem a quaisquer outras funções autárquicas, garantiu a O MIRANTE. Quase no final do seu primeiro (e pelos vistos único) mandato, o autarca justifica com “razões pessoais” a sua decisão, embora diga também que há coisas na política de que não gosta, não poupando críticas aos ataques que na sua óptica têm sido feitos ao poder local.Máximo Ferreira declara que fez o melhor que pôde à frente da autarquia, afirmando que sai de consciência tranquila e com a intenção de continuar a servir o concelho como astrónomo na direcção do Centro de Ciência Viva de Constância. Embora refira que não sai particularmente desiludido com a política, diz que o que mais o incomoda é a falta de respeito pelos autarcas e os permanentes ataques à sua dignidade por parte de sucessivos governos. “Somos pessoas que se fartam de trabalhar e na verdade somos muito mal tratados pelos governos deste país”, afirma.Com a inesperada decisão de Máximo Ferreira, a CDU deve apostar na vereadora Júlia Amorim como candidata à presidência da câmara, embora a mesma não nos confirme essa informação que já circula pelo concelho. A autarca, professora de profissão e residente em Constância, já integra os executivos municipais há vários mandatos, sendo uma pessoa com grande experiência autárquica. Questionada por O MIRANTE sobre a sua possível candidatura, Júlia Amorim disse apenas que a coordenadora concelhia da CDU está a discutir o processo e, em princípio, no dia 7 de Março deverão anunciar quem será o candidato à presidência da Câmara de Constância, a única que a CDU tem no Médio Tejo.