Vimos por este meio, exercer o nosso direito de resposta à noticia publicada em O MIRANTE, no passado dia 14 de Março de 2013, sobre a petição pelo Reconhecimento do Teatro Salvador Marques como Património de Interesse Municipal. Essa Petição não foi iniciativa da Comissão para Reabilitação do Teatro Salvador Marques (CRTSM), contudo devido às acções da CRTSM (entre 2005-2009), e aos ideais apresentados, chegou-se a uma aproximação. O TSM que está ao abandono, deve-o a dois motivos:a) Encerrado em 1984, esteve em Tribunal até 1996, devido ao litígio entre a “Misericórdia de Alhandra” (antiga proprietária) e o empresário que explorava este Teatro até ao seu fecho; b) Após a Câmara Municipal de Vila Franca Xira (CMVFX) ter comprado este edifício à “Misericórdia de Alhandra”, a CMVFX teve sucessivos fins para esta aquisição - nele instalar o Museu do Neo-Realismo, depois implantar um Espaço Cultural, e recentemente, fundar uma Biblioteca Municipal - todos estes fins, e aludindo a uma “recuperação” e iminente “ruína”, todos previam a substituição do TSM, na forma da total Demolição!Esclarecemos que a transformação em Biblioteca Municipal não avançou, não por falta de verbas, mas por não haver uma maioria política, que dependendo do parecer de um “homem de teatro” (então vereador da cultura), não obteve a sua aprovação, evitando de novo a Demolição do TSM.Tendo em conta que haja uma Verdadeira Vontade(!), se a CMVFX classificar o TSM de Património de Interesse Municipal (como compromisso público de clara recuperação patrimonial), irá abrir caminho para, não só participar em programas de financiamento com fundos comunitários, mas também, e com um Projecto concreto de Reabilitação, propor-se a apoios de institutos/fundações, o que levará à captação de investidores ao abrigo da lei do mecenato cultural.Nota: a CRTSM que surgiu para defender o TSM, apresentou não só uma providência cautelar, que passou a processo principal, ganhando-o(!) contra a intenção da CMVFX de Demolir o TSM; mas promoveu dois abaixo-assinados, um com 1300 assinaturas de populares, e outro com 500 assinaturas de profissionais do espectáculo, entre os quais Cármen Dolores - actriz que em 1944 esteve no TSM devido à estreia do filme “Um Homem às Direitas”; mas também mais tarde, num Recital (10/04/2006), nas instalações da CURPIFA, no 101.º Aniversário deste Teatro.Diana Martins e Casimiro Gonçalves