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Pagamento de viagens de jovens e de idosos ao estrangeiro gera guerra política no Sardoal

Socialistas estão contra a decisão da maioria PSD na câmara em suportar essas deslocações, alegando que se trata de uma manobra eleitoralista.

Os dois vereadores do PS na Câmara do Sardoal estão contra a decisão da maioria PSD no executivo em custear as viagens que um grupo de idosos e um grupo de jovens do concelho vão fazer a Barcelona e a França, respectivamente. E dizem que tudo se explica pelo facto de 2013 ser ano de eleições autárquicas. O PSD responde acusando os socialistas de má fé e desonestidade intelectual.O vereador e presidente da concelhia do PS, Fernando Vasco, também candidato à câmara, questiona se num momento de grave crise como o que se vive “não seria sensato a Câmara Municipal do Sardoal gastar o dinheiro dos nossos impostos em acções para aqueles sardoalenses que verdadeiramente precisam ou em acções que possibilitem ao Sardoal sair do marasmo onde se encontra”.O dirigente do PS do Sardoal classifica essa atitude como uma “irresponsabilidade política” por parte do PSD e “uma falta de respeito para com os sardoalenses e para com os restantes contribuintes portugueses, que atravessam as maiores dificuldades económicas de sempre”. A resposta do PSD não se fez esperar, com o vice-presidente da câmara, Miguel Borges, candidato à presidência da autarquia nas eleições autárquicas de Outubro, a acusar o PS de “má-fé” e “desonestidade intelectual”, referindo que “em política não vale tudo”.Miguel Borges acusa Fernando Vasco de omitir no seu comunicado que a viagem de turismo dos jovens não se resume à visita à Eurodisney em Paris (onde de resto só vão estar 10 horas), fazendo parte do programa, por exemplo, uma deslocação à costa da Normandia, onde se deu o desembarque aliado na segunda guerra mundial, para visitarem os cemitérios de guerra onde jazem milhares de soldados. “E quão importante é os jovens de hoje poderem sentir o que foi esta Europa de há mais de 60 anos, numa época em que tende novamente a desentender-se”, enfatiza o vice-presidente da câmara.“Podemos não concordar com a viagem, podemos achar que o momento não é o melhor para este tipo de actividades, não podemos é enganar os sardoalenses a troco de alguns votos”, alega Miguel Borges, acusando ainda Fernando Vasco de iludir os munícipes ao mencionar um valor da dívida do município (8 milhões de euros) muito superior ao que se verifica actualmente (6,17 milhões).

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