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CDU pede uma oportunidade aos eleitores para voltar à Câmara de Santarém

CDU pede uma oportunidade aos eleitores para voltar à Câmara de Santarém

“Não aceitamos a rotulagem fácil e demagógica do ‘são todos iguais’, que só serve para que nada mude e se perpetuem os mesmos de sempre no poder”, afirmou o candidato Francisco Madeira Lopes na sua apresentação pública.

O cabeça de lista da CDU à Câmara de Santarém apela aos eleitores do concelho para não julgarem pela mesma bitola os candidatos e as diversas forças políticas concorrentes às próximas eleições autárquicas, considerando que boa parte dos cidadãos deve estar desiludida com a política após a passagem de Moita Flores por Santarém. Na sua apresentação pública, esta segunda-feira, Francisco Madeira Lopes referiu que nas últimas autárquicas muitos “depositaram esperanças numa primavera de flores prometida e protagonizada por um independente” e agora sentem-se “legitimamente enganados, mal tratados e traídos”, o que “levou novamente muitos a já não acreditar na política e nos partidos”.A CDU quer recuperar a sua voz na vereação da Câmara de Santarém e reforçar a escassa representação na assembleia municipal - reduzida a três elementos após a retumbante vitória do PSD e de Moita Flores em 2009 - e para isso quer passar a mensagem aos “desencantados”: “Não aceitamos a rotulagem fácil e demagógica do ‘são todos iguais’, que só serve para que nada mude e se perpetuem os mesmos de sempre no poder. Dêem-nos uma oportunidade e mostraremos o quão diferentes somos”.Ao longo do discurso, Madeira Lopes, 38 anos, advogado de profissão, pintou de negro as cores de um concelho onde, entre outros exemplos, os rios estão “poluídos e abandonados”; onde as barreiras de Santarém continuam à espera de solução e a linha ferroviária do Norte continua a aguardar a prometida variante; onde “o centro histórico morre lentamente” e “a programação cultural foi quase reduzida às festas populares”.“Muitas promessas de projectos tivemos (…) mas essas promessas, quais miragens, desvaneceram-se e só ficou a dívida e a crise, essas, infelizmente, bem reais”, acrescentou Francisco Madeira Lopes, referindo que “certamente a história teria sido diferente se a CDU tivesse eleitos no executivo municipal” e acusando o PS e o PSD de se “entreterem a passar culpas um ao outro” sobre a situação “calamitosa” em que a autarquia se encontra.Antes, na sala da assembleia municipal situada no antigo quartel da Escola Prática de Cavalaria, a apresentadora de serviço, Salomé Vieira, presidente da única junta de freguesia (Pernes) do concelho governada pela CDU, já tinha dado o mote: “No concelho de Santarém é preciso penalizar o PS e o PSD que foram alternando no poder ao longo de 37 anos e conduziram à situação dramática em que mergulharam o concelho. A opção é entre mais do mesmo ou uma arrancada para um novo ciclo de mudança, desenvolvimento e progresso. Agora é a vez da CDU!”. O deputado comunista António Filipe e a deputada do Partido Ecologista “Os Verdes” Heloísa Apolónia apadrinharam a apresentação e elogiaram o candidato à câmara e também o número um à assembleia municipal, José Luís Cabrita. Na muito concorrida sessão estiveram ainda presentes o vice-presidente da Intervenção Democrática Levy Batista, o responsável distrital do PCP Octávio Augusto e o mandatário da candidatura, João Luís Madeira Lopes, pai do candidato à câmara.
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