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Funcionário que estava na “prateleira” promovido pelo presidente a chefe da contabilidade da Câmara de Almeirim

A cerca de seis meses de terminar o mandato, e impedido de se recandidatar, o presidente da Câmara de Almeirim decidiu fazer mudanças nos serviços municipais colocando a chefiar a contabilidade um funcionário que estava na “prateleira”. Sousa Gomes colocou no cargo João Rui Evangelista, com quem até teve divergências. A até quinta-feira responsável pelo sector, Maria Almeida, foi transferida para o Agrupamento de Escolas de Fazendas de Almeirim onde vai ficar responsável pelas contas.João Rui Evangelista, economista, é sobrinho de um dos fundadores do Movimento de Independentes do Concelho de Almeirim (MICA), Armindo Bento, que foi presidente da assembleia municipal pelo PS e que se incompatibilizou com Sousa Gomes. Como funcionário da câmara, Evangelista há anos que não tinha qualquer função específica atribuída. Por causa de desentendimentos internos entre este e o presidente, o funcionário chegou a meter um processo em tribunal contra a autarquia. Sousa Gomes diz que esse processo tinha a ver com o facto de o funcionário considerar que não tinha funções condicentes com a sua formação académica. Mas, revela o autarca, o Tribunal Administrativo de Leiria pediu esclarecimentos ao município e não houve mais desenvolvimentos. O presidente calcula mesmo que o processo não tenha prosseguido. Sousa Gomes mudou também a técnica superior responsável pelo sector da Educação, Carla Lopes, para os recursos humanos. O autarca explicou a O MIRANTE que estas mexidas visam “corresponder às necessidades da câmara” e com a intenção de rentabilizar os serviços. “Agora vou ver como resultam estas mudanças”, realça o presidente, avisando que o novo chefe da contabilidade é um funcionário da autarquia que tem que corresponder às necessidades como qualquer outro. Conclui justificando que tem “obrigação de deixar a câmara o mais eficiente possível para quem vier a seguir”. Esta remodelação surgiu no dia em que O MIRANTE divulgou a realização de encontros secretos entre o presidente da autarquia, que não se pode recandidatar, com o MICA, PSD e CDS. Recorde-se que Sousa Gomes, que é o responsável político pela contabilidade, tinha afirmado que houve um boicote na candidatura do município ao Programa de Apoio à Economia Local (PAEL) por existirem facturas que não estavam registadas na contabilidade. E dava a entender que o seu vice-presidente e candidato do PS, Pedro Ribeiro, estava envolvido. Mas em declarações a O MIRANTE a 8 de Fevereiro, Ribeiro disse desconhecer qualquer assunto relacionado com o PAEL para além daquilo que foi a reunião de câmara e assembleia municipal, salientando que o presidente é responsável directo desde 1990 por esta área das finanças e contabilidade.

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