Uma quebra de serviços na ordem dos 26 por cento e a proximidade geográfica com a outra estação da empresa em Tomar esteve na base da decisão dos CTT em encerrarem, a partir de Abril, a estação “Templários”, localizada na Rua de Coimbra, junto à rotunda do Bonjardim. O gestor dos Correios de Portugal para a região, João Dinis, explicou isto mesmo na última reunião do executivo da Câmara de Tomar, realizada a 24 de Março, acrescentando que a decisão não foi fácil. “Estamos a falar da existência de duas estações num raio de oitocentos metros e, com pesar, realço que há uma quebra de 26% no número de clientes em média por dia”, justificou, acrescentando que esta situação não se verifica apenas em Tomar. “Todos os anos há um aumento do ritmo da quebra de correio físico”, atestou.Na mesma reunião esteve presente Paulo Rodrigues, do Sindicato dos Trabalhadores dos CTT, que disse não entender este encerramento, numa freguesia com 17 mil habitantes. De acordo com o mesmo, há que ter em conta o facto das empresas estarem a sair da zona velha da cidade para se voltarem a instalar na freguesia de Santa Maria do Olival, onde se encontram concentradas as escolas e outros serviços. Paulo Rodrigues indicou que será promovido um abaixo-assinado para inverter a decisão. Na mesma reunião, o executivo camarário deliberou, por unanimidade, manifestar “o seu vivo repúdio” face à intenção de encerramento da estação dos CTT dos Templários e “apelar à população que possa subscrever todas as petições públicas que visem concretizar o objectivo do seu não encerramento”. A autarquia tomarense vai ainda manter, perante a administração dos CTT, a total disponibilidade para, num permanente diálogo, “encontrar soluções que promovam a economia e o emprego local e a prossecução do serviço universal de correios”.