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Rotunda onde foi implantada estátua de Madre Andaluz continua ilegal

Rotunda onde foi implantada estátua de Madre Andaluz continua ilegal

Obra foi construída sem projecto e sem concurso no final do mandato do socialista Rui Barreiro, em 2005. Assunto voltou à tona pela voz de um vereador eleito pelo PS.

A rotunda onde, no dia 16 de Março de 2013, foi inaugurada a estátua evocativa de Madre Luísa Andaluz em Santarém continua ilegal e por pagar. A obra, junto à entrada do Instituto Politécnico de Santarém, foi construída sem projecto nem procedimento concursal que permitisse a despesa na véspera das eleições autárquicas de 2005, era o município escalabitano liderado pelo socialista Rui Barreiro. A história surge novamente à tona graças ao vereador Ludgero Mendes, um independente eleito pelo PS. Na reunião do executivo de 22 de Março, após ouvir tanta troca de argumentos entre o presidente da câmara Ricardo Gonçalves (PSD) e o vereador socialista António Carmo, sobre as responsabilidades de cada partido na actual situação da autarquia, Ludgero lembrou que o anterior presidente Moita Flores denunciou o facto de essa rotunda construída no tempo do PS ser ilegal, mas agora a maioria PSD foi aproveitá-la para colocar lá uma estátua.“O PSD disse que a rotunda era ilegal e clandestina e que por isso não a podia pagar. E a verdade é que se calhar não a pagou, mas serve para pôr lá uma estátua”, disse Ludgero Mendes, referindo que quem está no poder tem é de se preocupar em resolver os problemas sem estar a atirar culpas para o passado.O presidente da câmara reconheceu que a empreitada de conclusão do acesso sul a Santarém, onde se inclui a rotunda junto ao Politécnico, foi “um processo complicado” e que, quanto à rotunda, não há muito a fazer. “Vamos fazer o quê? Tirá-la de lá?”, questionou Ricardo Gonçalves.Recorde-se que no início de Maio de 2011 o então presidente da Câmara de Santarém, Moita Flores (PSD), anunciava que a autarquia não podia pagar a construção das rotundas junto ao W Shopping e junto ao Politécnico de Santarém, construídas em 2005 na parte final do mandato de Rui Barreiro, porque não existiam na autarquia projectos nem procedimentos concursais referentes a essas duas empreitadas cujo valor global se situaria próximo dos dois milhões de euros.“Não há projectos, não há procedimento nenhum, essas obras nasceram de geração espontânea. Estas empresas, se quiserem, processam-nos por enriquecimento sem causa, porque as obras estão lá!”, referiu Moita Flores numa sessão da assembleia municipal, enfatizando que o município não tinha como enquadrar legalmente o pagamento dessas obras aos empreiteiros.“Esses dois negócios são à volta de quase dois milhões de euros, que não sabemos como pôr nas contas. Mas contam para a dívida porque está feita a obra”, afirmava Moita Flores, apontando esses casos como exemplos de compromissos herdados no final de 2005 que não estavam plasmados nas contas do município desse ano.
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