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Luís Miguel Dória

Luís Miguel Dória

Advogado e gestor, 34 anos, Torres Novas

“Entendo que não devem existir quaisquer regalias para qualquer político, além da remuneração adequada durante o tempo que exercerem o cargo. Remuneração essa que, quanto aos autarcas, devia estar em linha com o rendimento médio no concelho, e quanto aos políticos de representação nacional, com o rendimento médio nacional”* * * “O facto de o novo Papa ser um jesuíta, ordem em que os seus membros se têm destacado pelo seu enorme espírito de missão e abnegação, pode tornar-se num contraste e fazer a diferença num mundo, onde, a vários níveis, a ganância é vista como algo positivo”* * *“Acompanho e mantenho grande interesse pela coisa pública. Aliás, não me recordo de haver eleições em que não tenha votado, embora a política partidária não me diga nada”

Que opinião tem sobre o novo Papa?Acompanhei com grande interesse quer a renúncia de Bento XVI, quer a eleição do Papa Francisco, cuja nomeação conheci à saída de um julgamento, via rádio, e por quem nutro uma muito boa opinião. O facto de ser um jesuíta, ordem em que os seus membros se têm destacado pelo seu enorme espírito de missão e abnegação, pode tornar-se num contraste que poderá fazer a diferença num mundo onde, a vários níveis, a ganância é vista como algo positivo.É com greves que se consegue que o Governo recue nas medidas de austeridade?Infelizmente, devido à deformação do nosso sistema político, as greves são essenciais para que aconteça justiça no meio deste processo de ajustamento financeiro. Só através da rua as pessoas conseguirão o justo equilíbrio.Considera que os autarcas têm regalias a mais? Entendo que não devem existir quaisquer regalias para qualquer político, além da remuneração adequada durante o tempo que exercerem o cargo. Remuneração essa que, quanto aos autarcas, devia estar em linha com o rendimento médio no concelho, e quanto aos políticos de representação nacional, com o rendimento médio nacional. Inadmissível é, por injusto e ilegítimo, que sem qualquer conhecimento por parte da população, os políticos tenham feito aprovar leis que lhes permitem beneficiar de um conjunto de regalias, desde reformas com menor esforço do que os restantes cidadãos a subsídios de reintegração, entre outras, de forma totalmente discricionária. Conhece, pessoalmente, algum deputado eleito pelo distrito de Santarém? Sim, conheço e tenho muito boas impressões do ponto de vista pessoal. Acompanho e mantenho grande interesse pela coisa pública. Aliás, não me recordo de haver eleições em que não tenha votado, embora a política partidária não me diga nada. Faz voluntariado em alguma associação?Colaboro com diversas instituições da Igreja, onde também realizo diversos trabalhos pro bono.O que é que o tira do sério?A injustiça, que vive um momento de grande expansão. Também me revolta a “pouco sábia” inovação legislativa que irá agravar ainda mais a injustiça e a situação do país.Trabalha no Entroncamento. Qual é o ponto forte e o ponto fraco da cidade?Sem dúvida a estação de comboios é o ponto forte mas, infelizmente, também o mais fraco. Não deixa de ser um caso concreto de, no mínimo, inabilidade autárquica, que os autarcas não consigam providenciar à população, especialmente à que utiliza os comboios, uma estação condigna. Parece que preferiram investir em rotundas e num campo de futebol.Nas férias aproveita para ler livros? Leio muito e diariamente, quer por obrigação profissional quer por gosto pessoal, estando neste momento a reler “O Mundo é Plano: uma Breve História do Século XXI”, de Thomas Friedman. Os melhores livros que li, dos diversos que me marcaram, foram o “O Velho e o Mar” de Hemingway (o mais cativante) e “Guerra e Paz” de Tolstoi (o mais sedutor).
Luís Miguel Dória

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